Senado sabatina Cristiano Zanin, advogado indicado por Lula ao STF
Zanin ganhou projeção após defender o petista nos julgamentos da Operação Lava Jato
O advogado Cristiano Zanin será sabatinado, nesta 4ª feira (21.jun), pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O defensor foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ocupar a cadeira vaga com a aposentadoria de Ricardo Lewandowski da Corte, em abril.
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Na CCJ, Zanin será questionado pelos 27 senadores membros do colegiado sobre assuntos relacionados ao currículo e ao exercício de ministro da Corte. A sessão está marcada para 10h.
A relatoria da indicação é do vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).
Para ser aprovado pela comissão, o nome de Zanin precisa da maioria simples dos votos. A votação é secreta, o que permite as chamadas "traições".
Uma vez analisada pela CCJ, a indicação será levada ao plenário do Senado, onde o advogado precisa obter, pelo menos, 41 votos dos 81 senadores.
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A indicação de Zanin, que defendeu Lula em processos da Lava-Jato, ocorreu ainda no início de maio. Desde então, o advogado tem percorrido os corredores do Senado em busca de votos necessários para sua aprovação.
Governistas calculam que o ex-advogado de Lula tenha, hoje, ao menos 60 votos já declarados. A avaliação, portanto, é de que o nome do defensor não deve enfrentar resistências entre senadores. Há, inclusive, parlamentares de oposição que sinalizaram positivamente ao indicado.
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Quem é Cristiano Zanin?
Cristiano Zanin tem 47 anos e é formado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) em 1999. Ele é natural de Piracicaba, no interior de São Paulo. É especialista em direito criminal, empresarial e econômico.
O advogado ganhou projeção nacional pela defesa de Lula em processos da Lava-Jato. Foi dele a autoria do pedido de habeas corpus que provocou a anulação das condenações do petista.
Na ocasião, o STF reconheceu incompetência e parcialidade do então juiz Sergio Moro no julgamento da operação. O reconhecimento resultou na anulação das sentenças, restaurando os direitos políticos do atual presidente.
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