Reflexos da neoindustrialização serão sentidos já nos próximos anos, afirma presidente da Finep
Celso Pansera falou ao SBT News sobre o momento positivo no setor da indústria durante o Congresso de Inovação da Indústria, em São Paulo
O presidente da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), Celso Pansera, conversou com o SBT News durante a 10ª edição do Congresso Internacional de Inovação da Indústria, que aconteceu nos dias 27 e 28 de setembro, no São Paulo Expo, na zona sul da capital paulista.
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Ele falou sobre o bom momento setor industrial diante das novas políticas para fomento da inovação lançados pelo Governo Federal, como a neoindustrialização e a liberação de recursos até então nunca vistos. Pansera também explicou como funciona a Finep e o seu papel na inovação no país.
"A grosso modo, a Finep é um BNDES da inovação. A Finep administra um fundo chamado Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Esse fundo é formado pelo CID de diversos ramos da indústria, como, por exemplo, cada nota fiscal emitida no setor de informática recolhe um pequeno valor para o FNDCT, cada nota do setor agropecuário recolhe também um pouquinho de recurso para o FNDCT", contou.
"No total, o FNDCT arrecadou R$ 10 bilhões, e a previsão para 2024 é de R$ 12 bilhões. Então a Finep, que se chama Financiadora de Estudos e Projetos, atua nessa linha, ela tanto lança editais para investimento em infraestrutura científica que vai para as universidades, empresas, centros de pesquisa, como subvenção, ou seja, é um investimento direto no qual a Finep não recebe nada, nenhum retorno financeiro. E ela também pode emprestar recurso para essas empresas que querem inovar seus processos, lançar novos produtos, a juros muito baixos, a prazos muito longos, para as empresas conseguirem melhorar seus métodos, seus produtos e seus serviços", completou.
Contudo, há anos, pelo menos desde 2016, a Finep não recebia todo o valor que deveria ser destinado a ela pelo CID, contou Pansera. Isso mudou com entrada do novo governo, melhorando as perspectivas para o setor.
"Há sete anos que o FNDCT não era totalmente liberado. O governo retinha parte do dinheiro para pagar a dívida junto aos bancos, para fazer o resultado primário, então, depois de sete anos, nós temos a liberação total dos recursos. Isso significa a gente colocar no setor recursos nunca vistos antes, particularmente nos últimos anos", afirmou e acrescentou:
"Eu posso dizer que estamos caminhando por um bom momento da economia brasileira e do investimento na inovação. Os reflexos serão sentidos nos próximos anos por toda a população brasileira".