Saiba como funcionam os avatares e os gêmeos digitais no Metaverso

É verdade que a chegada do Chat GPT acabou colocando algumas discussões em segundo plano e uma delas é o Metaverso. Até a Meta, empresa dona do Facebook, acabou colocando um pouco o pé no freio nos investimentos nessa tecnologia, mas isso não quer dizer que ela morreu, muito pelo contrário. Recentemente o próprio Mark Zuckerberg divulgou em seu Facebook um vídeo em que ele demonstra um pouco do que a empresa está criando nesse setor.

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Mas afinal de contas o que é o Metaverso e como ele impacta a sua vida? Para entender esse conceito primeiro, precisamos entender o que é um Avatar. Trata-se de uma representação virtual de uma pessoa e essa representação digital é quem vai interagir nos espaços também digitais. Para entender um pouco mais do conceito, eu falei com o Marcel Saraiva, gerente de vendas da divisão Enterprise da NVIDIA no Brasil. "Os avatares podem ser aplicados de diversas formas. Então o avatar pode ir em uma loja num ambiente virtual, por exemplo, e interagir com um representante oficial da empresa que também é um avatar e ele pode efetuar uma compra".

O executivo explicou ainda que no futuro pode acontecer o contrário também com avatares em telões interativos atendendo pessoas no ambiente real. Pode parecer confuso, mas vamos simplificar: o Metaverso é um ambiente digital em que avatares interagem entre si e esses avatares são nossas representações nesse novo universo.

Assim eu posso ir a um show, uma palestra ou uma reunião de trabalho e ao invés de usar uma webcam eu uso meu personagem digital que vai se encontrar com outros avatares. É muito parecido com alguns jogos que temos hoje, como, por exemplo, o Fortnite, mas devem ser adicionados elementos de inteligência artificial e realidade virtual. Assim, ao usar óculos específicos, eu posso ter uma experiência mais imersiva e ver o que o meu avatar veria em primeira pessoa. As possibilidades são múltiplas.

O conceito dos gêmeos digitais

Outro conceito importante do mundo do Metaverso são os gêmeos digitais. Trata-se de espaços e peças virtuais criados exatamente como os reais em que podem ser usados simulações variadas. "O conceito de gêmeos digitais não é novo. Ele já é usado, por exemplo, numa turbina de avião que tem uma réplica digital onde dados físicos são importados para ser feita uma simulação. O que a gente vai começar é algo maior com, por exemplo, gêmeos digitais de fábricas inteiras", explicou Saraiva. A NVIDIA oferece hoje uma ferramenta chamada Omniverse que promete ajudar na criação desses ambientes e avatares. A empresa também oferece diversos tutoriais e treinamentos gratuitos porque já há demanda de profissionais que entendam essas soluções e poucos preparados para esses novos desafios. Designers, arquitetos e até advogados estão entre a lista de profissionais que podem ter oportunidades no Metaverso.

Num futuro mais distante podem ser criados gêmeos digitais de cidades inteiras e poderemos não só simular os problemas de gestão pública, como colocar nossos avatares para interagirem entre si em novos espaços públicos virtuais. Por enquanto, trata-se somente de algo parecido a um filme de ficção científica, mas tem muita gente trabalhando para que isso vire realidade.