Venda da Oi Móvel será concluída em 20 de abril, dizem operadoras
TIM, Claro e Vivo vão pagar R$ 16,5 bilhões pela aquisição; Telecom está em recuperação judicial desde 2016
Em fatos relevantes divulgados nesta 4ªfeira (13.abr), mostram que a venda dos ativos móveis da Oi para a TIM, Vivo e Claro deve ser concluída até o dia 20 de abril. A operação entre as empresas deve totalizar cerca de R$ 16,5 bilhões.
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Além disso, segundo os comunicados, TIM, Telefônica (dona da Vivo) e Claro entregaram a Oi a 'notificação de fechamento relativa ao processo de aquisição dos ativos móveis da vendedora'.
"As partes marcaram o fechamento da transação para o dia 20 de abril de 2022", explica fato relevante da TIM, que vai ficar com a maior parte dos ativos móveis da empresa de telecomunicações.
Além disso a TIM detalha também que "com a efetiva conclusão da transação, ficará definido um novo equilíbrio de infraestrutura entre as três principais concorrentes do setor, mantendo um alto grau de rivalidade setorial, trazendo benefícios amplos aos consumidores e garantindo os investimentos necessários para o desenvolvimento do setor de telecomunicações e o avanço digital do pais".
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já deram o aval para a operação. Esta decisão torna-se fundamental para que a Oi consiga equilibrar suas dívidas e sair da recuperação judicial, cujo o pedido foi feito em 2016, no Rio de Janeiro.
À época, a Oi detinha R$ 65,4 bilhões em dívidas. A empresa era a maior operadora em telefonia fixa do país, além de ser a quarta na o setor de telefonia móvel.
"Considerando os desafios decorrentes da situação econômico-financeira das empresas Oi à luz do cronograma de vencimento de suas dívidas financeiras, ameaças ao caixa das empresas Oi representadas por iminentes penhoras ou bloqueios em processos judiciais, e tendo em vista a urgência na adoção de medidas de proteção das empresas Oi, a companhia julgou que a apresentação do pedido de recuperação judicial seria a medida mais adequada, neste momento", dizia comunicado da empresa em 2016.
O pedido foi feito após a empresa não conseguir um acordo com os credores para renegociar sua dívida, que foi considerada impagável. Na época, foi considerado o maior pedido de recuperação judicial da história do país.