Defesa de Padre Robson pede que STJ analise legalidade de provas
Para advogados, pedido de prisão só faz sentido após a comprovação do inquérito apresentado
Em audiência com a assessoria do ministro Benedito Gonçalves, na tarde de 2ª feira (22.nov), os advogados de defesa do Padre Robson, de Trindade (GO), pediram para que o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) analise, primeiro, a legalidade das provas obtidas contra o padre, antes de examinar o pedido de prisão feito pela Polícia Federal na semana passada.
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"Mostrei que não faz sentido examinar o pedido de prisão agora, se o STJ vai decidir daqui a pouco, sobre a legalidade das provas obitidas, ao nosso ver, de forma ilegal, com invasão de computadores e obtidas de maneira ilícita", relatou o advogado Cleber Lopes, se referindo as provas do inquérito que está na pauta de julgamento do dia 1º de dezembro.
"Se forem consideradas ilegais [as provas], não há razão jurídica para a decretação de uma prisão. A impressão que tenho é que vão deixar para examinar [o pedido de prisão] depois do julgamento deste agravo", completou.
Padre Robson é alvo de uma investigação do Ministério Público desde o ano passado por suspeitas de lavagem de dinheiro de doações feitas por fiéis à paróquia. No inquérito, ele é denunciado por organização criminosa, apropriação indébita, falsidade ideológica e prejuízos de mais de R$ 100 milhões à Associação Filhos do Pai Eterno. O padre, no entanto, nega ter desviado o dinheiro destinado para a construção da nova basílica em Trindade para compra de bens.