"Nossa intenção é sempre aprimorar", diz ministro da CGU sobre combate à corrupção
CGU e PF criaram grupo integrado para enfrentar os crimes de corrupção e desvio de recursos públicos no âmbito do Executivo federal
O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Marques de Carvalho, afirmou nesta 5ª feira (7.dez) que a intenção do Governo Federal é "sempre aprimorar" o combate à corrupção. A declaração foi dada em entrevista coletiva após a assinatura da portaria conjunta pela CGU e a Polícia Federal (PF) que cria um grupo integrado para enfrentar os crimes de corrupção e desvio de recursos públicos no âmbito do Executivo federal.
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Questionado pelo SBT News se é possível dizer que o combate à corrupção pelo atual governo vem sendo feito de forma mais efetiva já do que era no governo anterior, de Jair Bolsonaro (PL), o ministro pontuou: "A nossa intenção é sempre aprimorar e, principalmente, sair de um espaço em que a retórica impere sobre a ação. A gente precisa de ação efetiva nessa área, tanto da perspectiva da detecção como também na perspectiva da prevenção".
"No meu entendimento, as ações que a gente tem despenhado este ano têm demonstrado esse efeito e, de fato, o que a gente quer fazer é aprimorar cada vez mais o enfrentamento à corrupção no Brasil".
A portaria que cria o grupo integrado foi assinada durante solenidade comemorativa ao Dia Internacional do Combate à Corrupção. Em discurso no evento, o presidente da FHE Poupex, general de Exército Valério Trindade, ressaltou que crime "ataca a credibilidade das instituições e pode deslegitimar a democracia". Ainda de acordo com ele, a corrupção desestimula investimento privado e, dependendo do nível socioeconômico de uma sociedade, "pode minar a percepção de justiça e de equidade ou ainda sabotar os esforços para erradicar a pobreza". "Em síntese, podemos afirmar que as estratégicas integradas para redução da impunidade no combate à corrupção requerem um compromisso conjunto do setor público e privado".
Já a professora Paula Schommer, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), disse que a corrupção "concentra poder, penaliza quem tem menos e corrói a democracia, a confiança nas instituições".
A secretária-executiva da CGU, Vânia Vieira, alertou que esse crime se torna cada vez mais sofisticado e complexo, e, para combatê-lo, os órgãos de Estado precisam aprimorar seus mecanismos e conjugar esforços.
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