Lula e Bolsonaro começam a definir alianças para o 2º turno
Ciro e PDT anunciaram apoio a Lula, que ainda aposta em Tebet; Bolsonaro mira PSDB e ganha governadores
As campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Jair Bolsonaro (PL) avançam na definição de alianças para o segundo turno. Nesta 3ª feira (4.out), o PDT de Ciro Gomes oficializou estar ao lado de Lula para a corrida presidencial, assim como o Cidadania. Enquanto isso, Bolsonaro mira o PSDB e conseguiu oficializar o apoio de governadores nos três maiores colégios eleitorais. Ao longo desta 3ª, foram confirmados o endosso de Cláudio Castro (PL), no Rio de Janeiro; Romeu Zema (Novo), em Minas Gerais; e Rodrigo Garcia (PSDB), em São Paulo.
O último apoio de governador foi dado por Garcia, que ainda disse estar ao lado de Tarcísio de Freitas (Republicanos) para a sucessão no Palácio dos Bandeirantes. O movimento veio após uma reunião com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. Garcia também comentou sobre a reunião em andamento do PSDB, afirmando que o partido deve apoiar pela neutralidade no próximo pleito -- o que daria espaço para que cada político decidisse. Mais cedo, o ex-governador e ex-candidato João Doria disse que não apoiará nem um dos dois candidatos.
A campanha petista, que conta com o PDT e o Cidadania, agora espera pelo apoio de Simone Tebet e de seu partido, o MDB. No domingo, a terceira colocada na disputa presidencial sinalizou que estará ao lado do petista, mas que oficializaria a posição em 48h. Há expectativa que ela anuncie o nome junto com o partido, na 4ª feira (5.out).
Outro partido que esteve em destaque na corrida eleitoral e ainda não se manifestou é o União Brasil. O presidente da legenda, Luciano Bivar, disse que anunciará o nome de apoio em breve. A candidata da sigla, Soraya Thronicke, afirmou que não apoiará nenhum dos dois. Enquanto o senador eleito pela legenda, Sergio Moro (PR), disse que estará com Bolsonaro. Ex-ministro do governo que deixou a pasta da Justiça e Segurança Pública por discordar do mandatário, Moro disse estar contra o "projeto de PT".
Paralelo a isso, o União trabalha uma possível fusão com o Partido Progressistas (PP). A possível unificação das siglas pode ditar o apoio a uma candidatura para o pleito do próximo dia 30.