RJ: única candidata mulher, Juliete quer presença feminina em espaços de decisão

A candidata ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, Juliete Pantoja (UP) afirmou nesta 3ª-feira (30.ago) que tem como uma das principais agendas políticas a inserção das mulheres fluminenses em espaços de participação e decisão da sociedade. A educadora abriu a temporada de sabatinas com postulantes ao governo do Rio de Janeiro no SBT Rio. A apresentadora Isabele Benito e o editor-chefe Humberto Nascimento trataram de temas como paridade de gênero, moradia e segurança pública.

Única mulher na disputa pelo Palácio Guanabara, Pantoja enfatizou a pouca presença feminina nas eleições estaduais este ano. "A gente, há muito tempo, vive essa crise de representatividade. As mulheres são maioria no nosso país, mas, ainda assim, não estamos representadas em espaços de mais visibilidade. A gente acredita que isso se dá a esse processo histórico de machismo e de submeter as mulheres às decisões sem a participação delas", ressaltou.

Nascida e criada no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a candidata também chamou a atenção para os problemas enfrentados pela região nos dias de hoje. "Historicamente, a Baixada é deixada de lado pelos governos, mas ela tem um potencial absurdo. Há 40 anos, cidades como Nova Iguaçu eram fundamentais no processo de industrialização do Estado. Mas grande parte das empresas e dos postos de trabalho foram fechando. Só nos últimos cinco anos, foram fechadas mais de três mil fábricas, com mais de 100 mil empregos perdidos", afirmou.

Militante do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), Juliete Pantoja pontuou também sobre o déficit de mais de 500 mil moradias registrado no Rio de Janeiro atualmente. "Para combater esse problema, existe uma forma que países do mundo inteiro já utilizam e que queremos trazer para o Rio, que é desapropriar imóveis abandonados que não cumprem nenhuma função social e destiná-los para moradias", concluiu.

Confira a entrevista na íntegra: