Nos EUA, Fachin defende democracia e reforça compromisso com as eleições
Presidente do TSE participou de evento virtual para comentar sobre o processo eleitoral no país
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, voltou a defender a democracia e reforçar o compromisso da justiça eleitoral no pleito deste ano. Em evento virtual realizado por Washington, na 4ª feira (6.jul), o parlamentar apresentou um panorama completo da organização das eleições e garantiu que o processo será transparente e confiável, "como sempre foi nos mais de 25 anos de urna eletrônica".
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"A sociedade mundial está vocacionada a defender uma casa comum. Aqui a casa comum é a democracia. Há um dever planetário do mundo ocidental de preservar o básico da democracia, que são as liberdades aos direitos fundamentais e aos espaços republicanos de poder. A sociedade precisa se armar do seu voto e da sua consciência política, da sua solidariedade, do seu sentimento de Justiça", disse.
Fachin alertou, no entanto, que a população está dividida no cenário político, o que pode resultar em um episódio "ainda mais grave" do que o registrado no Capitólio, em 2021. A declaração fez referência à invasão de um dos principais símbolos do Poder nos Estados Unidos em resposta à derrota do então presidente Donald Trump. No ato, os manifestantes destruíram objetivos e ameaçaram trabalhadores.
Para o ministro brasileiro, independentemente do resultado das urnas em outubro, a população deve prezar pela democracia e não por atos de revolta. Segundo ele, o TSE acolheu, de forma completa ou parcial, 32 propostas feitas pelos integrantes da Comissão de Transparência Eleitoral (CTE), o que deve garantir, tanto à população como aos candidatos, a segurança do processo eleitoral deste ano.
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"Colaboração sim, intervenção jamais. Quem coordena as atividades eleitorais é a sociedade civil do processo judiciário eleitoral e ninguém mais. Diálogo sim e sempre", frisou Fachin, referindo-se às recentes críticas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e a recomendação de que militares façam uma apuração paralela de votos.