Moro se filiará ao União Brasil e pode desistir de candidatura a presidente
Direção do União discute fazer o ex-juiz desistir da Presidência para concorrer a deputado federal
O ex-juiz Sergio Moro vai deixar o Podemos e se filiar ao União Brasil, sigla formada pela fusão do Democratas (DEM) com o Partido Social Liberal (PSL). A decisão vem três dias depois de ele se reunir com o presidente do União, deputado federal Luciano Bivar (PE), e deve ser anunciada publicamente pelo próprio Moro após encontro com o coordenador de sua pré-campanha a presidente da República, Luís Felipe Cunha.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Na manhã desta 5ª feira (31.mar), Cunha estava retornando de Brasília a São Paulo para se reunir com Moro e posicioná-lo sobre as conversas que manteve com a direção do União, que discute fazê-lo abandonar a pré-candidatura a presidente da República para, no lugar, concorrer a deputado federal.
O União Brasil é o partido escolhido para filiação de integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) -- apoiador de Moro -- em substituição ao Podemos também. Na 2ª feira, após se reunir com Bivar, o ex-juiz disse pelo Twitter que ele e o parlamentar reforçaram a necessidade de terem "um único candidato do centro político democrático contra os extremos". Também na publicação, falou que o deputado "seria um ótimo vice-presidente ou cabeça de chapa" e que estaria junto com ele, no mínimo, de 2022 a 2026, sem entrar em detalhes.
Antes do encontro, Moro havia se reunido com a presidente nacional do Podemos, deputada federal Renata Abreu (SP), os senadores Álvaro Dias, Flávio Arnes e Oriovisto Guimarães -- os três da sigla e do Paraná --, e a advogada Rosângela Moro, sua esposa, para discutir as articulações e estratégias para a próxima fase da pré-campanha a presidente.
Já na 3ª feira (29.mar), afirmou que vinha participando das negociações para lançamento de uma candidatura única por parte de partidos que se oporão a Lula (PT) e a Bolsonaro (PL) nas eleições deste ano, mas que não podia sair da corrida presidencial para apoiar alguém com percentual inferior ao seu nas pesquisas de intenção de voto.
Veja também:
