PT aprova resolução política que viabiliza federação com PV e PCdoB
Documento culpa a política econômica adotada pelo governo por piora nas condições de vida
O diretório nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) aprovou nesta 5ª feira (24.mar) uma resolução política que viabiliza a formação de federação da sigla com o PV e o PCdoB, além de alianças com partidos de centro.
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"As convergências existentes entre os partidos de esquerda, progressistas e democráticos devem resultar na constituição de uma federação partidária em que nós, o PCdoB e o PV façamos parte. Esta federação apresentará ao Brasil o nome de Lula para liderar a oposição a Bolsonaro, consolidará a coligação com o Partido Socialista Brasileiro [PSB], bem como com a federação Psol-Rede, cuja criação saudamos. Ainda seguiremos dialogando com os outros partidos de oposição ao governo Bolsonaro no sentido da ampliação do campo de apoio à candidatura de Lula", pontua o documento.
Na sequência, o PT afirma que todos que tiverem como prioridade política nos próximos meses o enfrentamento ao presidente Jair Bolsonaro (PL) poderão contar com o partido como aliado para as eleições de 2022, às quais se refere como a "mais importante" que já enfrentou. "Conclamamos a unidade dos setores democráticos ao redor não apenas de uma candidatura à Presidência da República, mas também de um movimento político e social que derrote o neoliberalismo, Bolsonaro e o bolsonarismo, aquele que é o principal vírus em circulação na política brasileira desde 2018, para construir um país soberano, justo, democrático e com sustentabilidade", completa a resolução.
O documento faz várias críticas ao chefe do Executivo, culpa a política econômica adotada pelo governo Bolsonaro por piora constante nas condições de vida no país e diz que o PT constituirá um "amplo movimento" que viabilize uma reconstrução e transformação do país. Esta, diz o partido, deve ampliar a participação da juventude e de negros, além das outras minorias, responder às "urgências do povo" e apontar "o caminho para a retomada do desenvolvimento articulado à distribuição de riquezas, à redução das desigualdades, à transição ecológica e à soberania".
Em outro trecho, a resolução diz que a chapa de Lula para a Presidência da República deverá ser composta a partir da "ampliação e a unidade que se espera das forças de oposição ao governo nesta quadra da história, respeitando os compromissos programáticos antineoliberais".
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