Na Alemanha, Moro encontra líder partidário e ouve críticas a Bolsonaro
Em reunião com líder do Partido Verde local, ex-juiz defendeu agronegócio brasileiro
Em viagem à Alemanha, o ex-juiz e pré-candidato a presidente da República, Sergio Moro (Podemos), se reuniu nesta 4ª feira (23.mar) com três líderes partidários no Bundestag, sede do Parlamento Alemão, em Bonn. Entre eles, o do Partido Verde do país, Anton Gerhard, com quem falou sobre o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia (UE) - assinado em 2019.
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De acordo com a assessoria do integrante do Podemos, no encontro, Gerhard afirmou a Moro que o Partido Verde não ratificará o acordo enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) permanecer no posto. Além disso, o político alemão teria falado ao ex-juiz que a imagem de Bolsonaro na Alemanha é de um líder antiambientalista e com pouco apreço pelos valores democráticos.
Também na reunião, diz comunicado, o ex-juiz defendeu o agronegócio brasileiro, dizendo, por exemplo, que o setor atua em conformidade com a agenda ambiental de preservação da floresta amazônica, e pontuou ter compromisso para com o combate ao desmatamento na Amazônia e um programa de desenvolvimento sustentável para o Brasil.
O Partido Verde alemão dá sustentação à coalização que elegeu Olaf Scholz, o atual chanceler da Alemanha. Os outros dois líderes partidários que Moro encontrou nesta 4ª feira foram Gregor Gysi, do Partido de Esquerda, e Peter Ramsauer, da União Social-Cristã (CSU, em Alemão). O pré-candidato a presidente desembarcou no país na 2ª feira (21.mar). A viagem deverá durar cinco dias.
No primeiro, se reuniu em Hamburgo com Michael Naumann, ex-ministro da Cultura do governo Gerhard Schroeder e representante da Partido Social Democrata (SPD), além de outros representantes do parlamento. Em um jantar no Conselho de Economia Internacional da Alemanha (IWR), no Business Club de Hamburgo, na data, ao qual compareceram ainda empresários e políticos, Moro teria sido informado que a viagem de Bolsonaro à Rússia pouco antes do presidente deste, Vladimir Putin, autorizar a invasão à Ucrânia repercutiu negativamente na Alemanha.
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