O "toma lá dá cá" de Lula para garantir a neutralidade do PSD
Pacote de ofertas do petista a Kassab é uma tentativa de neutralizar eventual candidatura de Eduardo Leite
O pacote de ofertas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao PSD tem três itens. Além do apoio à candidatura de Otto Alencar ao governo baiano, os petistas garantem votar pela reeleição de Rodrigo Pacheco no comando do Senado e prometem entregar um ministério do comandante da legenda, Gilberto Kassab.
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O "toma lá dá cá" é uma tentativa de Lula de neutralizar a possível filiação e candidatura do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ao Palácio do Planalto pelo PSD. Em conversas por Brasília, os petistas têm revelado receio com eventual potencial de votos do político gaúcho, algo que pode atrapalhar os planos do PT.
Pesquisas internas do partido apontaram uma pequena queda de Lula no Nordeste, algo que acendeu o sinal amarelo na campanha. Leite, segundo esses petistas, teria chance de quebrar a polarização entre Lula e Jair Bolsonaro, catalisando eleitores arrependidos do atual presidente a partir de uma terceira via de fato.
O cenário ideal para estrategistas petistas é manter a atual polarização eleitoral verificada nas pesquisas. Além do próprio Kassab, Lula espera contar com os apoios dos senadores Otto Alencar e Omar Aziz, e do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil. Uma quarta oferta ao PSD ainda está nos planos de Lula: a ida de Alckmin para o partido para ser vice na chapa presidencial.