Adriano Pires diz a presidenciáveis: não façam populismo com a Petrobras
Segundo indicado à presidência da empresa, país precisa aproveitar a alta do petróleo e fazer políticas públicas
O indicado pelo governo federal ao cargo de presidente da Petrobras, Adriano Pires, aconselhou os presidenciáveis de 2022 sobre a estatal: "Acho que na área do Petróleo, eu diria o seguinte [para um presidenciável]: não caia na tentação de fazer populismo e intervir na Petrobras, como foi feito em governos passados", afirmou em uma live feita à Frente Parlamentar Mista do Empreendedorismo em 22 de fevereiro. Pires precisa da confirmação dos acionistas da Petrobras, em reunião em 13 de abril, para assumir o cargo.
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Segundo Pires, o petróleo caro é um "benefício para o Brasil, porque somos exportadores e produtores". Pires já defendeu publicamente a privatização da Petrobras para resolver o impasse do preço dos combustíveis, a criação de políticas sociais com a alta da arrecadação da empresa e um fundo de estabilização de preços dos combustíveis.
"Aproveite essa receita que vamos ter com o petróleo nos próximos anos, que vai ser crescente, para promover uma grande revolução nas contas públicas e fiscais brasileiras e fazer política social. Isso que eu daria de conselho na área de petróleo", disse Pires na live da frente parlamentar.
Sobre o setor energético, Pires recomendou que os presidenciáveis diversifiquem a matriz elétrica brasileira para evitar novas possibilidades de apagões no país. "Vivemos 20 crises recorrentes no setor porque a matriz elétrica é refém do clima. Quando chove, todo mundo fica feliz, quando para de chover, todo mundo fica preocupado", afirmou.
Acrescentou que o país não teve racionamentos nos últimos 10 anos porque a economia brasileira cresceu menos de 1% no período. "O consumo de energia está ligado ao crescimento do PIB. Então, presidente, trabalha para diversificar a matriz elétrica brasileira", concluiu.