CPMI do 8/1: general Heleno nega envolvimento com atos golpistas
Ex-chefe do GSI de Bolsonaro presta depoimento à comissão e diz que nunca tratou sobre política no cargo
O general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta 3ª feira (26.set), na CPMI do 8 de Janeiro, que as suspeitas levantadas contra ele de envolvimento com os atos golpistas são "inverídicas, infundadas e extemporâneas".
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Heleno é ouvido pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito como testemunha e obteve do Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de permanecer calado diante de perguntas que possam o incriminá-lo.
Em sua fala inicial, o ex-chefe do GSI negou que tivesse atuado politicamente no cargo. "Jamais me vali de reuniões ou palestras para tratar de assuntos eleitorais ou assuntos político-partidários com meus subordinados no GSI".
Heleno afirmou que desde que deixou o cargo, no dia 31 de dezembro de 2022, não fez contato mais com servidores do GSI ou da Presidência da República e não teve qualquer participação nos atos do dia 8 de Janeiro. "Não tenho condições de prestar esclarecimentos sobre o dia 8 de Janeiro".
O general negou também qualquer atuação em atos que antecederam o 8 de Janeiro, como os protestos e depredações em Brasília no dia 12 de dezembro, após a prisão do índio José Acácio Tsererê Xavante, com a tentativa de atentado a bomba no aeroporto de Brasília, no dia 24 de dezembro, e com o acampamento em frente ao quartel do Exército.
"Tratou de um incidente isolado, que não contou com a minha participação de forma oficial ou velada, nem de qualquer um dos meus subordinados", disse Heleno, sobre o atentado.
Heleno, apesar da decisão do STF que garante que ele permaneça calado na CPMI, está respondendo aos questionamentos da relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA).
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