Hacker da Vaza Jato que trabalhou para Zambelli é convocado para depor na CPMI do 8/1
Comissão formou maioria para que Walter Delgatti Neto preste esclarecimentos em investigação antidemocrática
O hacker Walter Delgatti Neto, que atuou em divulgações de mensagens da Lava Jato e é investigado por trabalhos para a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), deverá prestar esclarecimentos a respeito de pedidos antidemocráticos à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. A convocação foi aprovada por parlamentares em reunião desta 5ª feira (3.ago).
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Walter Delgatti foi preso pela Polícia Federal na 4ª feira. As investigações indicam que ele fez, a pedido de Zambelli, invasões a sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e de inserção de documentos em alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP). Entre os movimentos, ele teria publicado um documento em que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pedia pela própria prisão.
O hacker, que protagonizou a chamada "Vaza Jato", de divulgação de imagens da operação Lava Jato, ainda afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro teria questionado se havia possibilidade de invasão ao sistema de urnas eletrônicas. O tema será questionado a ele pela base do governo no Congresso. Conforme antecipou o SBT News, a convocação dele era dada como certa.
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Fotógrafo da Reuters
A comissão também aprovou convocação para depoimento do fotógrafo Adriano Machado, que trabalha na Agência Reuters. O nome dele foi defendido pela oposição, e aprovado mesmo com atuação do governo para que ele não prestasse depoimento. Ele registrou imagens do 8 de janeiro, e foi alvo de desinformação, que atribuiam a ele suposta participação nos atos. Em maio, o Planalto divulgou que ele estava realizando trabalho fotojornalístico, e informou que alegações contra ele são "totalmente descabidas".
