PEC está dentro daquilo que a gente quer, diz deputado do PT
Paulo Pimenta também afirma que medida pode atender despesas do governo Bolsonaro
O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) afirmou, nesta 4ª feira (7.dez), que o texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), aprovado ontem na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado está alinhado com as expectativas do governo eleito, apesar da redução de valor e prazo definida pelos parlamentares, em relação ao projeto inicial.
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"Nunca um projeto entra na Câmara ou no Senado e sai da mesma maneira como ele entrou. PEC boa é a que tem votos para ser aprovada", disse Pimenta, depois de se reunir com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB-SP) e Fernando Haddad (PT-SP), cotado para assumir o ministério da Fazenda no futuro governo.
"Se é assim que o Senado e a Câmara podem aprovar, para nós está dentro daquilo que a gente quer", afirmou o deputado.
De acordo com Pimenta, que integra o grupo técnico da Infraestrutura no gabinete da transição, os efeitos da medida devem, inclusive, contemplar gastos do governo Bolsonaro. "A PEC acaba sendo, talvez, até importante para eles nesse momento, mais do que parecia em determinado momento. A quantidade de despesas realizadas que não vão ser pagas, nós temos que ter a dimensão do tamanho disso para poder pensar. Aquilo que nós tínhamos imaginado, talvez surjam outras despesas que nós não sabíamos, que vão ter também que ser incorporadas", declarou.
A proposta aprovada na CCJ do Senado expande em R$ 145 bilhões o teto de gastos do programa Bolsa Família por dois anos, e abre espaço fiscal para outras despesas nesse período.
O valor é menor que os R$ 175 bilhões pretendidos pelo governo eleito. O prazo também ficou abaixo do esperado pela equipe de transição que defendia a vigência da medida por um período de quatro anos.
