Lira sobre falha em sistema: "Grave agressão ao poder Legislativo"
Presidente rechaçou queda de sistema, reforçou investigação da PF e determinou que sessões sejam virtuais
"Uma grave agressão ao funcionamento do poder Legislativo". Com essas palavras, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fez, nesta 4ª feira (13.jul), duras críticas à queda do sistema de votação virtual dos deputados durante a apuração da PEC Eleitoral. Lira disse que a falha é um "fato extraordinário", e que espera que o problema "jamais aconteça" novamente. Ele também determinou que as sessões que vão até antes do recesso parlamentar possam contar com participação virtual dos deputados.
A apuração da Polícia Federal para investigar os motivos da falha no sistema de votação também foi citada por Lira. O presidente da Câmara afirmou que o problema foi justificado pelo rompimento de uma fibra óptica, que fazia a transmissão de sinal ao Congresso. Lira destacou, no entanto, que a Câmara contrata duas empresas para a prestação do serviço, para evitar intercorrências, mas que o problema persistiu. O que seria, segundo o deputado, "de muita coincidência".
"O serviço é prestado para a Câmara por duas operadoras de forma redundante para evitar interrupções. Em ação preliminar, com apoio da PF, confirmou-se que houve corte da conexão da operadora Lumen. A empresa prestou informações à Câmara de que houve interrupção dos serviços por rompimento de fibra óptica no território de Brasília. O grave problema, segundo a empresa, afetou diversos clientes no DF. Também houve instabilidade no 2º link, e foi instaurado procedimento preliminar", afirmou Lira.
O político disse também que não atribui a nenhum dos parlamentares responsabilidade pela intercorrência. E que determinaria possibilidade de participação virtual nas decisões pelos deputados que não estão no Congresso. "Mais de 30 parlamentares que não estão em Brasília, estão em missão oficial e estão fora. A mesa funcionará, na próxima sessão que será chamada após encerramento desta, de maneira completamente virtual. Hoje, amanhã e sexta-feira", decidiu.
Lira ainda disse esperar que não se tenha "outra novidade", dada atuação da PF nas dependências da Casa, e explicou a intenção em autorizar a participação virtual dos parlamentares: "Não houve outro interesse da presidência, a não ser preservar o funcionamento do poder legislativo, porque não é justo que deputados que deram presença e porque nosso sistema, deputados que estão em missão oficial não tivessem oportunidade de exercer o seu voto.".