Marcos Valério avisa que não vai prestar esclarecimentos na Câmara
Convidado pela Comissão de Segurança para falar sobre delação, ele informa que não pode depor
Marcos Valério informou nesta 5ª-feira (7.jul) a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados que não vai comparecer para prestar esclarecimentos sobre declarações dele feitas à Polícia Federal.
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Em delação premiada, Valério teria afirmado que ouviu do então secretário-geral do Partido dos Trabalhadores (PT), Sílvio Pereira, que a legenda tinha ligações com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), e que administrava um caixa secreto de R$ 100 milhões.
Na 3ª-feira (5.jul), requerimento de autoria do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) convidando Valério foi aprovado na comissão.
Por meio da defesa, ele informou a comissão que não pode comentar o teor do acordo, por isso não poderia comparecer.
Marcos Valério se tornou conhecido nacionalmente em 2005, por ser operador financeiro do esquema conhecido como Mensalão, que previa o pagamento de propina a parlamentares da base aliada do governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em troca de apoio político. O empresário foi condenado a 37 anos de prisão pelo STF.
Em nota divulgada na 3ª, a defesa de Sílvio Pereira disse que "a delação do Sr. Marcos Valério não passa de uma criação mental fantasiosa". "Não é a primeira vez que ele fala sobre Celso Daniel, na outra oportunidade não chegou a falar sobre uma facção criminosa paulistana. Aparecer esta menção às vésperas de uma eleição deixa transparecer o interesse político eleitoral em sua divulgação ou em sua própria efetivação. Essa narrativa sobre o Sílvio José Pereira já foi avaliada pela força-tarefa da Lava Jato, não havendo sequer merecido o aprofundamento da investigação destes fatos", completou.
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