"Lamentável a decisão de não instalar a CPI do MEC", diz Simone Tebet
Senadora assinou requerimento para criação do colegiado
A senadora Simone Tebet (MDB-MS), pré-candidata a presidente da República, chamou nesta 3ª feira (5.jul) de "lamentável" a decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de deixar a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MEC para depois das eleições.
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"Foi uma deliberação dos líderes que eu questiono, não concordo, porque empurrar a instalação da CPI do MEC para após as eleições é o mesmo que não apurar. Ninguém vai instalar essa CPI no final do ano. Eleição não é desculpa. Todos nós recebemos nossos salários, todos nós temos que ficar atentos 24 horas por dia, especialmente quando estamos falando de áudios e denúncias gravíssimas de autoridades públicas. O Ministério da Educação é a pasta mais importante hoje no Brasil. Estamos falando do nosso futuro, do futuro das nossas crianças e jovens", pontuou a parlamentar em nota.
No comunicado, ela alfinetou ainda os dois primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto para presidente da República, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL): "Triste Brasil que tem que escolher entre dois escândalos, o do Petrolão e o da Educação em uma eleição, e não poder, se quer, apurar através da casa mais democrática do Brasil, que é o Congresso Nacional, as denúncias gravíssimas que nos chegam".
Tebet está no grupo de senadores que assinaram o requerimento para criação da CPI do MEC. De acordo com ela, a investigação é importante também porque há recursos da pasta "tão necessários faltando para a merenda escolar e para a conectividade de computadores no Ensino Médio, sendo aí distribuídos de acordo com interesse pessoal político, partidário, de meia dúzia de pessoas".
A CPI do MEC tem o objetivo de investigar o suposto esquema de corrupção na gestão do ex-ministro Milton Ribeiro no comando do Ministério da Educação.
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