Cresce pressão para que ministro da Educação peça demissão

A pressão pública para que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, coloque seu cargo à disposição cresce no Congresso, nesta 2ª feira (28.mar), às vésperas da audiência no Senado para esclarecimentos sobre as denúncias de favorecimento na liberação de recursos da área educacional para gestores que negociavam com pastores. No Twitter, o deputado federal Pastor Marco Feliciano, que integra a Frente Parlamentar Evangélica, pediu que Ribeiro "não retarde seu licenciamento".

Caro Ministro @mribeiroMEC por sua saúde emocional, por sua família q deve estar sofrendo, por nós evangélicos q estamos sendo triturados, pelo Pr @jairbolsonaro q em um ano tão importante está sendo arrastado pra essa história estranha, não retarde seu licenciamento! ??

? ??? Marco Feliciano (@marcofeliciano) March 28, 2022

Também nesta 2ª, o ministro postou em sua conta oficial no Twitter sobre a revelação de que exemplares da Bíblia com imagens suas foram distribuídos em evento no Pará. "Autorizei em 2021 o uso de minha imagem para a produção de algumas bíblias para distribuição gratuita em um evento de cunho religioso. Contudo, descobri no final de outubro de 2021 que bíblias com minha imagem foram distribuídas em outros eventos sem a minha autorização", justificou.

Novamente agi com diligência e de forma tempestiva para evitar o uso indevido de minha imagem. Imediatamente, em 26 de outubro de 2021, enviei ofício desautorizando esse tipo de distribuição. Segue documentos comprobatórios.?[3/3] pic.twitter.com/bYVWivrKNC

? Milton Ribeiro (@mribeiroMEC) March 28, 2022

Na semana passada, a Comissão de Educação do Senado aprovou o requerimento para ouvir o ministro da Educação na próxima 5ª feira (31.mar) sobre as denúncias de favorecimento na liberação de verbas para gestores que negociavam com dois pastores no Ministério da Educação.

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Originalmente, o documento era de convocação, mas os senadores concordaram em transformá-lo em um convite, quando não há obrigação de comparecimento. Mas o próprio ministro já informou que irá participar da reunião para dar os esclarecimentos necessários e foi este o argumento utilizado pelos parlamentares para mudar a natureza da audiência com Milton Ribeiro.