Relatório da CPI: Renan inclui senador bolsonarista entre indiciados
Agora, parecer reúne 81 nomes entre pessoas e empresas; texto será votado após discussão
O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, Renan Calheiros (MDB-AL), fez uma nova alteração no relatório final e incluiu, nesta 3ª feira (26.out), o senador bolsonarista Luis Carlos Heinze (PP-RS) entre os pedidos de indiciamento. Ao todo, são 81 indiciados. Destes, 79 pessoas e duas empresas. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também foi citado sob a acusação de ter cometido nove crimes durante a pandemia da covid-19.
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Calheiros acatou ao pedido do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) de acrescentar Heinze por ter divulgado notícias e dados falsos sobre o coronavírus. "Essa CPI teve a coragem de pedir o indiciamento do presidente da Republica e do líder do governo. Não pode fechar os olhos com relação ao comportamento do seu colega parlamentar ", disse Vieira.
O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), pediu que o relator desconsiderasse o pedido de Vieira. No entanto, o apelo não foi atendido. Após a inclusão de seu nome no relatório, Heinze classificou os integrantes da CPI como defensores de "concepções facciosas" e "ajudantes de ordem" de Calheiros. O parlamentar disse que houve "muita incoerência, pressão e interrupção" nos trabalhos da comissão.
"Ninguém é contra vacina. Não se pode confundir prevenção com tratamento. A vacina e os fármacos são complementares. Diversos senadores, inclusive, confessaram ter usado a cloroquina", afirmou Heinze.