Polícia legislativa vai buscar depoente da CPI da Covid, Marconny Faria
Senado deverá pedir prisão preventiva do susposto lobista da Precisa caso ele não apareça
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia -- CPI da Covid -- determinou nesta 5ª feira (2.set) que a Polícia Legislativa fosse atrás de Marconny Faria, apontado como lobista da Precisa Medicamentos. Além disso, os senadores aprovaram requerimento para condução coercitiva do advogado Marconny Nunes Ribeiro Albernaz de Faria, que faltou ao depoimento. Também aprovaram a retenção do passaporte do depoente por 30 dias a acautelamento do documento pela Polícia Federal.
Ele estava convocado para dar explicações na comissão nesta manhã e está desaparecido. Caso não seja localizado, o senado deve pedir sua prisão preventiva.
A CPI obteve mensagens trocadas entre Marconny e o ex-secretário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) José Ricardo Santana. Na conversa, Santana menciona que conheceu o suposto lobista da Precisa na casa da advogada do presidente da República, Jair Bolsonaro, Karina Kufa, que deverá ser ouvida nas próximas reuniões da CPI. Neste encontro, a conversa foi sobre a contratação de 12 milhões de testes de covid 19 entre o Ministério da Saúde e a Precisa.
Marconny Faria possui habeas corpus do Supremo Tribunal Federal que permite a ele ficar em silêncio e não responder a perguntas que possam incriminá-lo. A decisão pela concessão do habeas corpus foi da ministra Cármen Lúcia.
Após reunião secreta, senadores decidiram ouvir na tarde hoje o ex-secretário de Saúde do DF, Francisco Araújo Filho.Ele foi preso na Operação Falso Negativo, da Polícia Civil do DF, que investigou irregularidades em gastos de recursos destinados ao combate à covid.
O senador Marcos Rogério (DEM-RO) divulgou no twitter que os senadores estão ouvindo áudios de inquéritos sigilosos durante a suspensão da reunião da CPI.
(reportagem atualizada 13h15)