CPI ouve Ricardo Barros sobre irregularidades na compra da Covaxin
Depoimento está previsto para 5ª feira (12.ago); senadores querem concluir investigação sobre vacinas
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia vai ouvir nesta semana pessoas ligadas à compra de vacinas por parte do Ministério da Saúde. Senadores querem finalizar a investigação sobre negociação de imunizantes para dar início a outras duas frentes: a que trata da VTCLog, empresa de logística com contratos na pasta; e de supostos esquemas de corrupção em hospitais federais do Rio de Janeiro.
Na 3ª feira (10. ago), prestará depoimento o presidente do Instituto Força Brasil, o coronel da reserva Helcio Bruno. Ele entrou na mira da CPI após representantes da Davati Medical Supply no Brasil citarem o militar como um dos intermediadores do encontro entre vendedores da empresa e o então secretário-executivo do ministério da Saúde, coronel Élcio Franco.
Para concluir a discussão entorno do tratamento precoce para covid, a comissão vai ouvir na 4ª feira (11.ago) o representante da Indústria Farmacêutica Vitalmedic, Jailton Batista. A empresa é responsável por fabricar remédios do "kit covid", conjunto de medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença.
Na 5ª feira (12.ago), será a vez do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR). Um dos depoimentos mais aguardados do colegiado, Barros virou alvo da comissão após o deputado Luís Miranda dizer que o presidente Jai Bolsonaro (sem partido) teria mencionado suposto envolvimento do parlamentar na pressão pela liberação da vacina indiana Covaxin.
Barros, que nega as acusações, pediu para prestar depoimento antes do recesso parlamentar, mas a cúpula do colegiado decidiu postergar a oitiva dele. O contrato de 20 milhões de doses da Covaxin foi cancelado apenas no final de julho. As negociações estava suspensas desde maio.
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