CPI enviará carta para cobrar posição de Bolsonaro sobre denúncia de Miranda
Após 12 dias desde as acusações, presidente ainda não se pronunciou sobre o caso
A cúpula da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia vai enviar na tarde desta 5ª feira (8.jul) uma carta ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre denúncias dos irmãos Miranda. Um servidor do colegiado vai protocolar o ofício no Palácio do Planalto, por volta das 16h.
Durante a oitiva de Francieli Fantinato, ex-gestora do Ministério da Saúde, o presidente da CPI cobrou um posicionamento de Bolsonaro sobre as denúncias de supostos esquemas de corrupção na aquisição de vacinas. Segundo o deputado Luís Miranda (DEM-DF) e o irmão, o servidor da Saúde Luís Ricardo Miranda, houve uma "pressão atípica" pela compra da vacina indiana Covaxin, cujo contrato havia uma série de irregularidades.
"Presidente, diga à nação brasileira que o deputado Luís Miranda está mentindo, que seu líder na Câmara é um homem honesto. Vossa Excelência está perdendo a oportundiade. São 12 dias hoje que o presidente, diariamente, em seu habitat, no cercadinho, que é o habitat do presidente do Brasil, fala à nação de uma forma a sacar contra todo mundo", disse Aziz.
"Não é o senhor que vai parar essa CPI. Não tem nenhuma linha para falar sobre vossa Excelencia em relação a roubo, genocidoa, lhe acuso de ser contra a ciencia, de nao querer fazer propaganda para a vcinação do povo brasileiro. Lhe acuso de tentar desqualificar as vacinas, porque isso é verdade. Não lhe acuso de ser ladrão, de fazer parte de rachadinha, de outras acusações, como genocida, nunca falei isso", completou.