Pacheco: presidência do Senado não tem o que fazer sobre prisão de Dias
Presidente da Casa afirmou nesta 4ª que a CPI da Covid "tem uma existência autônoma"
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou na noite desta 4ª feira (7.jul) que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia é autônoma e que não há, portanto, o que a Presidência da Casa possa fazer a respeito da prisão do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias.
"Não é atribuição da Presidência (do Senado) se imiscuir do mérito dos acontecimentos da Comissão Parlamentar de Inquérito. A CPI tem uma existência autônoma, tem um presidente que detém sua autoridade de deliberação. Segundo soube, houve a decretação da prisão em flagrante pelo presidente da CPI a uma das testemunhas que lá estava, encaminhada à Polícia Legislativa para as providências de praxe. Não há o que a Presidência do Senado tenha que fazer nesse instante", disse Pacheco.
O presidente da Casa respondeu aos apelos dos governistas, que pediram a ele que invalidasse a ordem de Aziz. O argumento é que o presidente da CPI pediu pela prisão de Dias enquanto a ordem do dia estava aberta no plenário do Senado. Mais cedo, Pacheco havia declarado que aguardaria relato da Secretaria-Geral da Mesa para tomar uma decisão.
Roberto Dias foi detido na tarde desta 4ª enquanto prestava depoimento à CPI da Covid. A voz de prisão foi dada pelo presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM), que acusou o ex-diretor da Saúde de falso testemunho.