Dias diz que denúncias de propina são "fantasiosas" e nega acusações
Ex-diretor de Logística da Saúde afirmou que o policial militar Luiz Dominguetti é "picareta"
O ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, disse nesta 4ª feira (7.jul) que as acusações de propina feitas pelo policial militar Luiz Dominguetti são "falsas e fantasiosas" e que o vendedor de vacinas é um "picareta". Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, Dias negou as denúncias e afirmou que nunca pediu um valor excedente aos imunizantes.
"Acerca da alegação do senhor Dominguetti, nunca houve nenhum pedido meu a este senhor. (...) O senhor Dominguetti, que aqui nessa CPI foi constatado ser um picareta que tentava aplicar golpes em prefeituras e no Ministério da Saúde, durante sua audiência deu mais uma prova de sua desonestidade", afirmou.
Dominguetti acusou Dias de ter pedido propina na compra de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca. Segundo o ex-diretor, ele está sendo vítima de ataques "contra sua honra e sua integridade por pessoas desqualificadas".
"Só se pode provar o que é feito, como nunca fiz, nunca será provado", completou. Dias ainda indicou que poderia ter atrapalhado suposta negociação do deputado Luis Miranda (DEM-DF) com Cristiano Carvalho, representante da Davati Medical Supply no Brasil, empresa representada também por Dominguetti.
Dias foi exonerado após acusação de propina. O ministro das Comunicações, Fábio Faria, alegou que se houve denúncias de corrupção, o ex-diretor já não seguia as diretrizes do governo federal e, portanto, teve que ser demitido.