CPI ouve Luiz Paulo Dominguetti sobre pedido de propina
Em nota, Davati nega que Luiz Paulo Dominguetti Pereira seja representante da empresa no Brasil
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid antecipou para esta 5ª feira (01.jul) o depoimento de Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que seria representante da empresa Davati Medical Supply. Anteriormente, a oitiva estava marcada para 6ª.
Dominguetti foi citado em reportagem do jornal Folha de S.Paulo. Segundo a publicação, ele se apresenta como representante da Davati e afirma ter participado de jantar em Brasília, em fevereiro, com o então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias. Na ocasião, Dias teria cobrado propina de US$ 1 por dose para fechar um contrato de compra de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca. Após a publicação da matéria, o Ministério da Saúde exonerou o diretor.
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O laboratório Davati Medical Supply informou ao SBT, nesta 4ª feira (30.jun), que não houve negociação com o governo brasileiro. Em nota, a empresa afirma que apenas ofereceu um orçamento para venda de vacinas. A Davati também disse que nunca foi feito nenhum pedido de aumento de preço "pois o nosso representante sabe que a Davati e o vendedor nunca o teriam permitido".
A Davati informou que não é um distribuidora autorizada da vacina da AstraZeneca, mas que tem sido procurada por interessados na compra de imunizantes, por se tratar de uma empresa que comercializa esse tipo de produto.
A empresa confirma que no começo do ano foi questionada pelo representante que possui no Brasil para ajudar na obtenção de imunizantes contra a covid-19, e que pesquisou uma série de possibilidades. Em 1º de março, fez um proposta ao governo brasileiro, que nunca foi respondida, nem avançou.
A Davati nega que Luiz Paulo Dominguetti Pereira seja representante da empresa no Brasil e disse que não tem conhecimento de qualquer discussão com o governo brasileiro. E afirma que o único representante no país é Cristiano Alberto Carvalho.