Carlos Wizard pode ter passaporte retido assim que voltar ao país
Pedido será feito por integrantes da CPI da Pandemia, caso empresário não deponha nesta 5ª (17.jun)
O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que o colegiado vai pedir a retenção do passaporte do empresário Carlos Wizard, caso ele não compareça ao depoimento para o qual foi convocado, nesta 5ª feira (17.jun). O passaporte só será liberado após o comparecimento à CPI.
O empresário foi convocado à comissão por ter sido citado em depoimentos anteriores como um dos integrantes do chamado "gabinete paralelo" de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em assuntos relacionados à Pandemia.
Na sessão desta 3ª (15.jun) o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), negou o pedido da defesa de Wizard para que o depoimento fosse realizado por meio de videoconferência, alegando que o empresário se encontra fora do país.
"Diante da manifestação dos advogados do Sr. Carlos Wizard, os quais antes sequer recebiam intimações por esta CPI, presto os seguintes esclarecimentos: foi negado o depoimento telepresencial, incompatível com a dinâmica da CPI, em que se precisa assegurar a incomunicabilidade da testemunha, assegurar que a testemunha permaneça até o final da reunião, dizendo e não calando a verdade, bem como que a testemunha não leia o seu depoimento", esclareceu Aziz.
Diante da demora de Carlos Wizard para responder à intimação aos integrantes da CPI e do possível não comparecimento, membros da comissão irão incluir na pauta de votação de requerimento desta 4ª (16.jun) o pedido de quebra de sigilos do empresário. O vice-presidente da CPI afirmou ter convicção de que a quebra será aprovada. "Não estava na nossa órbita, tanto é que na semana passada não apreciamos a quebra de sigilo dele. O não comparecimento nos leva a buscar outros meios de recolhimento de materiais, de informações, de provas. Se não o depoimento, a quebra de sigilo", pontuou Randolfe Rodrigues.