Mandetta e Teich abrem depoimentos da CPI; saiba o que esperar
Ex-ministros devem ser questionados sobre "kit covid", lockdown e saída deles da Saúde
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid inicia uma de suas fases mais importantes nesta 3ª feira (4.mai), quando serão ouvidos os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. A expectativa é de que as oitivas comecem às 10h.
No fim de semana, integrantes do G7 -- grupo formado por membros da oposição e de independência em relação ao Planalto -- se reuniram para tentar entrar em um entedimento acerca da narrativa das oitivas. Os fatos devem ser questionados de acordo com a linha cronológica dos acontecimentos. Entre os principais pontos, estão a recomendação de uso do "kit covid" para tratamento precoce, que não tem comprovação científica, e a defesa de medidas de restrição, como lockdown e uso de máscaras.
A ideia é mostrar até que ponto as determinações de Mandetta e Teich se manteriam as mesmas se tivessem plena liberdade de decisão. Ou seja, o grupo quer saber até onde o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) interferiu nas decisões da Saúde no combate à pandemia. Também serão questionados os motivos pelos quais ambos deixaram a pasta. Mandetta ficou pouco mais de um ano à frente do ministério e Teich, cerca de um mês.
Antes de ser convocado, Mandetta falou com o SBT News e disse que "na época de parlamentar, nunca gostei de CPIs, mas é um movimento do Legislativo". A interlocutores, o ex-ministro tem citado uma frase atribuída ao ex-presidente da Câmara Ulysses Guimarães (1916-1992): "Sabe-se como começa uma comissão parlamentar de inquérito, nunca se sabe como termina".
Pazuello
Na 4ª feira (5.mai) está marcado aquele que deve ser o mais conturbado depoimento da CPI, o do ex-ministro Eduardo Pazuello. Líder da oposição e vice-presidente da CPI da Pandemia no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) declarou na semana passada que há, inclusive, a possibilidade de o general ser ouvido mais de uma vez.
O cronograma planejado pelo grupo para a CPI prevê um dia inteiro apenas para a oitiva de Pazuello. "É necessário dedicar tempo maior para o Pazuello, porque foi ele que ficou mais tempo à frente da pasta durante a pandemia. Me atrevo a dizer que talvez o ministro a gente tenha que ouvir mais de uma vez", afirmou Randolfe.
Assista à reportagem completa do SBT Brasil: