Congresso
Primeiro turno da eleição para Bolsonaro é o enfrentamento à pandemia
Declaração é da senadora Kátia Abreu (PP-TO), em entrevista ao Poder em Foco
É consenso entre os políticos que ainda está muito distante para desenhar o cenário da corrida presidencial de 2022. Mas é crescente, também, o entendimento de que a atuação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para conter a pandemia a partir de agora será decisiva para o desempenho dele na corrida eleitoral do ano que vem.
"Abram os olhos (Bolsonaro e seus assessores). A sua capacidade de reeleição está em prova agora, é já. A sua eleição é em 2021, é nas próximas semanas, não é em 2022. O primeiro turno da eleição presidencial no Brasil é agora", alerta a senadora Kátia Abreu (PP-TO). Ela concedeu entrevista ao Poder em Foco, neste domingo (28.mar) no SBT.
Para ela, a possível reeleição de Bolsonaro dependerá de como será, principalmente, a condução da segunda onda da pandemia. Essa fase será decisiva para as urnas. "O que está em prova agora é o número de mortes que o Brasil vai ter daqui para os próximos meses. Acho que essa é a questão, se ele será vitorioso ou não. Conforme o andar da carruagem, ele corre o risco de não ir nem para o segundo turno se não resolver a pandemia já. A vacinação urgente, uma coordenação nacional", ressaltou.
Integrante do Centrão, grupo político sem coloração partidária e que, no momento, está na base aliada ao Governo, Kátia faz questão de deixar claro que nada está definido sobre os apoios partidários no ano que vem. "Nós teremos tempo para avaliar as performances dos candidatos e do próprio presidente candidato, para decidirmos lá na frente".
O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), já afirmou que estará no palanque com Bolsonaro no ano que vem. Kátia Abreu, que foi ministra da Agricultura do governo petista de Dilma Rousseff, tem postura mais independente do partido e até discurso oposicionista em muitos momentos. "Para mim, a questão básica para que eu possa votar em Bolsonaro, uma condição sine qua non, é se ele conseguir conter a mortalidade por conta da covid, resolver o problema da saúde, conseguir vacinar as pessoas em tempo que elas possam se salvar", cobrou.
Recentemente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recuperou seus direitos políticos após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de anular as condenações do petista no âmbito da Lava Jato. A possível volta dele ao cenário eleitoral repercutiu no Congresso Nacional, sobretudo nas bancadas que acreditam em uma via de Centro, que destoa da polarização direita-esquerda.
Na avaliação de Kátia, ainda é "temerário" dizer que a disputa estará em torno de Bolsonaro e Lula. A situação do petista ainda é instável, segundo a senadora, porque o caso será novamente analisado.
"Eu acho muito temerário já estabelecermos que serão dois candidatos únicos, Lula e Bolsonaro, e que não teremos um terceiro ou um quarto nome. Nós estamos num momento decisivo com relação ao futuro do país nas eleições. Então, eu ainda não vejo esse quadro tão definido como muitas pessoas se arriscam em dizer que sim", finalizou.
Kátia Abreu foi deputada federal, ministra de Estado e está no Senado desde 2015. Seu nome já foi ventilado inúmeras vezes para compor uma chapa à Presidência da República, como titular ou vice. E ela não nega o desejo de chegar ao Planalto um dia.
"É um sonho de todos os políticos, não tem nenhum senador que não gostaria de ser presidente da República, acho que não existe nenhum deputado federal que não teria essa vontade. Claro que eu não sou diferente de nenhum deles", admitiu.
Mas, Kátia acredita que esse caminho vai além da intenção e do trabalho político executado. "Essa questão da Presidência da República é destino, cada dia que passa eu tenho mais certeza disso. Então, é muito difícil pleitear", avaliou.
A senadora observou, ainda, que é de um estado jovem e pequeno, Tocantins, com apenas 1,5 milhão de eleitores. "Claro que isso não quer dizer nada. Collor também foi Presidente da República de um estado muito pequeno como Alagoas, mas é destino",
Desde a redemocratização, porém, Fernando Collor de Mello foi o único candidato eleito ao Planalto que não pertencia aos maiores colégios eleitorais. Os demais, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Bolsonaro são todos do Sudeste.
Kátia Abreu é psicóloga, empresária e pecuarista. Foi ministra da Agricultura durante o governo de Dilma Rousseff e já ocupou uma cadeira na Câmara como deputada federal. Atualmente, é senadora pelo estado do Tocantins e presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado. Também é a relatora da PEC da Reforma Administrativa na casa.
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"Não quero o ano da vacina, quero o ano dos vacinados", diz Kátia Abreu
O Poder em Foco vai ao ar na madrugada deste domingo (28) para segunda, 0h45, no *SBT*. Além da apresentadora, Roseann Kennedy, também participa do programa a jornalista Gabriela Vinhal, do SBT News. Neste mês, quando é celebrado o Dia Internacional da Mulher, a cada semana o programa recebeu uma mulher de destaque no ambiente do poder.
Assista também:
Cristina Junqueira - cofundadora do Nubank
Denise Garrett - vice-presidente do Sabin Vaccine Institute (EUA)
Renata Gil - presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB)
"Abram os olhos (Bolsonaro e seus assessores). A sua capacidade de reeleição está em prova agora, é já. A sua eleição é em 2021, é nas próximas semanas, não é em 2022. O primeiro turno da eleição presidencial no Brasil é agora", alerta a senadora Kátia Abreu (PP-TO). Ela concedeu entrevista ao Poder em Foco, neste domingo (28.mar) no SBT.
Para ela, a possível reeleição de Bolsonaro dependerá de como será, principalmente, a condução da segunda onda da pandemia. Essa fase será decisiva para as urnas. "O que está em prova agora é o número de mortes que o Brasil vai ter daqui para os próximos meses. Acho que essa é a questão, se ele será vitorioso ou não. Conforme o andar da carruagem, ele corre o risco de não ir nem para o segundo turno se não resolver a pandemia já. A vacinação urgente, uma coordenação nacional", ressaltou.
Integrante do Centrão, grupo político sem coloração partidária e que, no momento, está na base aliada ao Governo, Kátia faz questão de deixar claro que nada está definido sobre os apoios partidários no ano que vem. "Nós teremos tempo para avaliar as performances dos candidatos e do próprio presidente candidato, para decidirmos lá na frente".
O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), já afirmou que estará no palanque com Bolsonaro no ano que vem. Kátia Abreu, que foi ministra da Agricultura do governo petista de Dilma Rousseff, tem postura mais independente do partido e até discurso oposicionista em muitos momentos. "Para mim, a questão básica para que eu possa votar em Bolsonaro, uma condição sine qua non, é se ele conseguir conter a mortalidade por conta da covid, resolver o problema da saúde, conseguir vacinar as pessoas em tempo que elas possam se salvar", cobrou.
Recentemente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recuperou seus direitos políticos após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de anular as condenações do petista no âmbito da Lava Jato. A possível volta dele ao cenário eleitoral repercutiu no Congresso Nacional, sobretudo nas bancadas que acreditam em uma via de Centro, que destoa da polarização direita-esquerda.
Na avaliação de Kátia, ainda é "temerário" dizer que a disputa estará em torno de Bolsonaro e Lula. A situação do petista ainda é instável, segundo a senadora, porque o caso será novamente analisado.
"Eu acho muito temerário já estabelecermos que serão dois candidatos únicos, Lula e Bolsonaro, e que não teremos um terceiro ou um quarto nome. Nós estamos num momento decisivo com relação ao futuro do país nas eleições. Então, eu ainda não vejo esse quadro tão definido como muitas pessoas se arriscam em dizer que sim", finalizou.
Sonho presidencial
Kátia Abreu foi deputada federal, ministra de Estado e está no Senado desde 2015. Seu nome já foi ventilado inúmeras vezes para compor uma chapa à Presidência da República, como titular ou vice. E ela não nega o desejo de chegar ao Planalto um dia.
"É um sonho de todos os políticos, não tem nenhum senador que não gostaria de ser presidente da República, acho que não existe nenhum deputado federal que não teria essa vontade. Claro que eu não sou diferente de nenhum deles", admitiu.
Mas, Kátia acredita que esse caminho vai além da intenção e do trabalho político executado. "Essa questão da Presidência da República é destino, cada dia que passa eu tenho mais certeza disso. Então, é muito difícil pleitear", avaliou.
A senadora observou, ainda, que é de um estado jovem e pequeno, Tocantins, com apenas 1,5 milhão de eleitores. "Claro que isso não quer dizer nada. Collor também foi Presidente da República de um estado muito pequeno como Alagoas, mas é destino",
Desde a redemocratização, porém, Fernando Collor de Mello foi o único candidato eleito ao Planalto que não pertencia aos maiores colégios eleitorais. Os demais, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Bolsonaro são todos do Sudeste.
Perfil
Kátia Abreu é psicóloga, empresária e pecuarista. Foi ministra da Agricultura durante o governo de Dilma Rousseff e já ocupou uma cadeira na Câmara como deputada federal. Atualmente, é senadora pelo estado do Tocantins e presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado. Também é a relatora da PEC da Reforma Administrativa na casa.
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Poder em Foco
O Poder em Foco vai ao ar na madrugada deste domingo (28) para segunda, 0h45, no *SBT*. Além da apresentadora, Roseann Kennedy, também participa do programa a jornalista Gabriela Vinhal, do SBT News. Neste mês, quando é celebrado o Dia Internacional da Mulher, a cada semana o programa recebeu uma mulher de destaque no ambiente do poder.
Assista também:
Cristina Junqueira - cofundadora do Nubank
Denise Garrett - vice-presidente do Sabin Vaccine Institute (EUA)
Renata Gil - presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB)
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