Congresso
Réu por corrupção, Lira diz que "todos fomos vítimas da Lava-Jato"
Em entrevista a advogados, presidente da Câmara defendeu a PEC da Imunidade e falou sobre vacinas
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), criticou a operação Lava-Jato em entrevista a advogados e integrantes do Grupo Prerrogativas neste sábado (27.fev).
"Todos fomos vítimas da Lava-Jato. Eu mesmo fui denunciado e exposto durante cinco anos, eu falo isso com muita tranquilidade, sem nenhuma relação com um único delator", disse o deputado, que é réu por corrupção.
"Quem faz delação, naqueles moldes que fazia a Lava-Jato de Curitiba, denunciava quem queria, livrava quem queria. Não tinha uma prova", acrescentou.
O presidente da Câmara defendeu a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Imunidade, apelidada de PEC da Impunidade, que blinda deputados e senadores em casos de prisão.
"Não houve ali PEC da Blindagem, PEC da Impunidade. Ali a gente prevê prisão preventiva. Todos os crimes hediondos e inafiançáveis eles continuam passíveis de prisão de qualquer parlamentar", defendeu.
"Agora não pode um parlamentar, porque subscreve uma PEC, eu ter que hoje deliberar para ele voltar para casa com escolta policial por ameaça. O direito de imunidade de voz e de voto é do parlamentar, e se nós perdermos isso nós vamos perder 90%, 95% do teor da democracia nesse país."
Ele afirmou que a PEC não tem relação com o deputado Daniel Silveira, preso após publicar vídeos com ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). "Nossa prioridade não é discutir os excessos do deputado Daniel Silveira", disse, acrescentando que o caso foi "um ponto fora da curva".
"Nós não podemos fazer uma lei pensando na exceção", disse. "O deputado está pagando pelos seus atos."
Após desaprovação de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e críticas da sociedade, Lira retirou o projeto de pauta na 6ª feira (26 fev) e encaminhou a matéria para uma comissão especial pluripartidária.
Lira também disse que a prioridade agora do país deve ser a vacinação da população contra o coronavírus. "O que nós temos que agilizar, e aí todos nós juntos, políticos, empresários, governadores, deputados e senadores, o poder Executivo e a sociedade organizada, são as vacinas", disse.
"Trazer para o Brasil todas as vacinas que tiveram em seus países aprovação de uma agência minimamente séria e que possa ser usada com segurança na população brasileira."
Ele afirmou ter conversado com empresários e banqueiros, e disse que todos pretendem comprar vacinas e disponibilizá-las para a população. Mas temos uma demanda mundial, um problema mundial de insumos", disse.
"Todos fomos vítimas da Lava-Jato. Eu mesmo fui denunciado e exposto durante cinco anos, eu falo isso com muita tranquilidade, sem nenhuma relação com um único delator", disse o deputado, que é réu por corrupção.
"Quem faz delação, naqueles moldes que fazia a Lava-Jato de Curitiba, denunciava quem queria, livrava quem queria. Não tinha uma prova", acrescentou.
"PEC da Impunidade"
O presidente da Câmara defendeu a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Imunidade, apelidada de PEC da Impunidade, que blinda deputados e senadores em casos de prisão.
"Não houve ali PEC da Blindagem, PEC da Impunidade. Ali a gente prevê prisão preventiva. Todos os crimes hediondos e inafiançáveis eles continuam passíveis de prisão de qualquer parlamentar", defendeu.
"Agora não pode um parlamentar, porque subscreve uma PEC, eu ter que hoje deliberar para ele voltar para casa com escolta policial por ameaça. O direito de imunidade de voz e de voto é do parlamentar, e se nós perdermos isso nós vamos perder 90%, 95% do teor da democracia nesse país."
Ele afirmou que a PEC não tem relação com o deputado Daniel Silveira, preso após publicar vídeos com ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). "Nossa prioridade não é discutir os excessos do deputado Daniel Silveira", disse, acrescentando que o caso foi "um ponto fora da curva".
"Nós não podemos fazer uma lei pensando na exceção", disse. "O deputado está pagando pelos seus atos."
Após desaprovação de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e críticas da sociedade, Lira retirou o projeto de pauta na 6ª feira (26 fev) e encaminhou a matéria para uma comissão especial pluripartidária.
Vacinação
Lira também disse que a prioridade agora do país deve ser a vacinação da população contra o coronavírus. "O que nós temos que agilizar, e aí todos nós juntos, políticos, empresários, governadores, deputados e senadores, o poder Executivo e a sociedade organizada, são as vacinas", disse.
"Trazer para o Brasil todas as vacinas que tiveram em seus países aprovação de uma agência minimamente séria e que possa ser usada com segurança na população brasileira."
Ele afirmou ter conversado com empresários e banqueiros, e disse que todos pretendem comprar vacinas e disponibilizá-las para a população. Mas temos uma demanda mundial, um problema mundial de insumos", disse.