Semana em Brasília: alta de Lula, marco temporal e nova presidência no STF
Presidente deve voltar a despachar após operar o quadril e as pálpebras; no Congresso, Desenrola avança
Na semana que se inicia, há a expectativa pelo retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao trabalho. Na semana passada, o chefe do Executivo foi submetido a uma cirurgia no quadril e recebeu alta neste domingo (1°.out), já com previsão de voltar a despachar, só que do Palácio da Alvorada, sua residência oficial.
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Enquanto se recupera, Lula já terá uma difícil missão: sancionar ou não o Projeto de Lei do marco temporal, aprovado pelo Senado. A tendência é de veto, o que deve criar certa indisposição com o Congresso. A promulgação, por outro lado, criaria um mal-estar com a base eleitoral e com o Supremo Tribunal Federal (STF), que, uma semana antes, havia considerado a tese inconstitucional.
No Congresso, aliás, deve avançar o Projeto de Lei que regulamenta o Desenrola e que estabelece um limite para os juros do rotativo do cartão de crédito. O texto foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos e aguarda análise do plenário.
Já a CPMI dos Atos de 8 de janeiro vive sua reta final. Estão agendados para esta semana depoimentos de Argino Bedin, acusado de financiar os atos, e Beroaldo José de Freitas Júnior, policial que atuou na Esplanada na data. A expectativa, porém, é saber como ficará o requerimento já aprovado de reconvocação do tenente-coronel Mauro Cid, depois de ele ter fechado acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal.
No Supremo Tribunal Federal, será a primeira semana sob a presidência de Luís Roberto Barroso. Ele substitui a ministra Rosa Weber, que se aposenta nesta 2ª feira (2.out), ao completar 75 anos. Por ora, não há indicação de quem assumirá sua cadeira na Corte. Flávio Dino, Bruno Dantas e Jorge Messias são cotados.
