Coronel alvo do STF recebeu R$ 3,7 mil para ir aos EUA com Bolsonaro
Tenente-coronel Cid ganhou as diárias para acompanhar o ex-presidente na virada do ano
Ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) na Presidência da República, o tenente-coronel do Exército Mauro César Cid recebeu R$ 3.722 de recursos extras para acompanhar o ex-presidente na viagem para Orlando, na virada do ano. A verba serviu para pagar as diárias do militar entre os dias 30 de dezembro e 1º de janeiro.
A autorização para o pagamento das diárias foi feita por Cláudia Campos, então chefe de gabinete adjunta da Presidência. Ao mesmo tempo, antes de o tenente-coronel viajar para os EUA, Bolsonaro ainda encaminhou a nomeação do aliado para o comando do Batalhão de Operações Especiais do Exército, em Goiânia.
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No último sábado (21.jan), o então comandante da Força, general Júlio César de Arruda foi demitido do cargo após se negar a cumprir um pedido do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, para cancelar a nomeação de Cid. Arruda, que já estava na berlinda devido à sua atuação após os atos golpistas de 8 de janeiro, resistiu a indicar outro nome para o comando do batalhão.
Investigações
A ordem do Palácio do Planalto é de que a nomeação não seja concretizada, uma vez que o tenente-coronel bolsonarista é alvo de investigações no Supremo Tribunal Federal (STF). Entre elas, está a apuração sobre uma rede de disseminação de notícias falsas defendendo atos antidemocráticos e intervenção militar.
Segundo a investigação, a rede de propagação de notícias falsas era comandanda por Cid e pelo irmão dele, que mora nos Estados Unidos. Oficialmente, as mudanças de comando acontecem sempre em fevereiro.
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