Sbt 40 anos

Ratinho: "Fui telespectador do SBT toda a minha vida"

Há mais de 20 anos no SBT, apresentador fala sobre forte relação que tem com a emissora

O SBT completa 40 anos na próxima quinta-feira (19.ago). Durante essa semana, vamos rever a história da emissora nessas quatro décadas. O humorísticos, os realities, e a cobertura dos fatos jornalísticos. O esporte, as novelas e os programas para as crianças. Começamos com uma das marcas do SBT: Os programas de auditório.

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Uma das estrelas do entretenimento, Carlos Roberto Massa, conhecido como Ratinho, possui uma relação com a emissora há 23 anos, na qual define como "sua vida".Em entrevista ao SBT, Ratinho destaca os momentos que marcaram sua trajetória no "Programa do Ratinho", quadros que ajudaram a construir a identidade do programa e a profunda admiração que tem por Silvio Santos. 

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Leia a entrevista na íntegra:

SBT News: Quantos anos de SBT? 
Ratinho: 23 anos.

SBT News: O que te convenceu a vir para cá? 
Ratinho: Eu sempre fui fã do Silvio Santos, do apresentador Silvio Santos. E fui espectador e telespectador do SBT a minha vida toda, toda a programação. E quando eu vim para cá eu tive uma primeira conversa com o Silvio Santos, que não deu certo. Daí eu fui pra Record, fiquei um ano na Record e quando ele me chamou de volta para cá, eu falei 'agora eu posso ir que eu já tenho uma grande experiência, eu já posso testar o SBT porque já me testei aqui na Record', então foi um dia muito feliz para mim.

SBT News: Nesses 23 anos, o que você lembra de mais importante que você fez no teu programa? Algo que marcou não só o público mas marcou você mesmo?
Ratinho: Meu programa no começo era um programa diferente, era um programa com bastante reportagem popular enfim, que alguns chamam de sensacionalista, eu chamei de 'popular' porque eu gosto mais da palavra 'popular'. Mas o programa que eu mais gostei de fazer foi o programa que eu fiz que eu juntei o Pelé, o Ronald Golias e o Fiori Gigliotti, que é um locutor esportivo famoso na época que o Pelé era famoso, o Golias era famoso e ele também era famoso. Então, eu juntei esses três narrando uma ação que é um gol que o Golias estava tentando ensinar o Pelé a jogar bola na família trapo daquela época. Então, eu juntei todo mundo e foi a primeira vez que alguém viu o Golias chorar, nunca ninguém tinha visto o Golias chorar, aquele dia ele chorou. Ele, o Pelé, o Fiori, eu, todo mundo chorou.

SBT News: Alguns quadros foram mudando mas alguns nunca saíram do ar, né, tipo o exame do DNA. Nunca saiu do ar, né?! 
Ratinho: Ele continua dando audiência e, como muita gente assiste e nós também, chegamos à conclusão que a gente já resolveu muitos casos que estavam existindo, era muita briga de família. A gente resolveu com o DNA. Então, 98% dos casos foram resolvidos aqui no programa. Então, tudo isso a gente leva em consideração e, por isso, continua fazendo o DNA. 

SBT News: Como é fazer um programa de auditório, sem auditório, como teve que ser nos últimos tempos?
Ratinho: É muito chato, é muito ruim fazer, mas a gente tem que se adaptar. Não parou, a gente tem que fazer. Todo mundo mudou de alguma forma, né. Umas pessoas foram trabalhar em casa, outras infelizmente perderam o emprego, outras tiveram que mudar de condição. Então, a gente também mudou e a gente tá repreendendo mas eu não vejo a hora, porque eu aprendi a gostar de auditório, então eu não vejo a hora de voltar o auditório -acho que isso deve acontecer em outubro - para a gente fazer o programa com mais gente e entusiasmo. 

SBT News: O que é o SBT pra você?  
Ratinho: A minha vida. Eu sempre falo assim e as pessoas pensam que eu falo brincando. Não estou brincando. Se o SBT me mandar embora, eu fico um ano esperando me chamar de volta. Só vou trabalhar em outro lugar se eu ver que, depois de um ano, ninguém me chamou de volta. Aí eu vou ter a certeza de que não me querem de mais de volta e vou procurar outro emprego. 

SBT News: Mas por quê? O que tem de tão especial aqui que as pessoas talvez não saibam?
Ratinho: Essa pergunta é muito boa porque eu vou dar um exemplo: o Silvio Santos ficou muito tempo fora sem fazer o programa dele, em função da pandemia. O dia que ele voltou para fazer o programa, o entusiasmo dessa casa era tão (grande). Como alguém gosta quando o patrão aparece?! A gente viu que tava todo mundo vibrando, o pessoal aqui de baixo, a diretoria, todo mundo... o dono  voltou a trabalhar, como é que alguém gosta do patrão trabalhando?! Então eu vi, a gente gosta do dono do SBT, gosta da família do dono do SBT e a gente se dá bem. Eu não conheço nenhum apresentador do SBT metido. Não tem ninguém aqui assim. Somos todos iguais porque o dono é igual a gente.  

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