Política

Banqueiros dizem que esperavam mais do arcabouço fiscal

Presidente da Febraban falou em evento de empresários em Londres

O presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Isaac Sidney, elogiou nesta 5ª feira (20.abr) o arcabouço fiscal apresentado pelo governo para substituir o teto de gastos. Mas disse que esperava mais, cobrou reformas e enxugamento da máquina pública. 

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"Nós poderíamos ter ousado um pouco mais e não previsto um aumento real de despesas. Não há caminho para o crescimento com descontrole orçamentário. não há caminho para qualquer crescimento, para a inflação ser controlada, ser mantido estável sem que haja controle efetivo dos gastos públicos", concluiu.

As declarações foram durante participação no Grupo Lide (Líderes Empresariais) realizada entre 19 a 21 de abril, a Lide Brazil Conference, em Londres (Reino Unido).

Isaac Sidney, também afirmou que o novo conjunto de regras para as parcerias público-privadas (PPPs) anunciado nesta 5ª feira pelo secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron Tesouro Nacional "é mais um exemplo do potencial de parceria entre os setores público e privado. Algumas das medidas de melhoria do ambiente de crédito fazem, inclusive, parte de sugestões que a Febraban e o setor bancário já haviam feito ao novo governo". "É mais um exemplo do potencial de parceria entre os setores público e privado. Algumas das medidas de melhoria do ambiente de crédito fazem, inclusive, parte de sugestões que a Febraban e o setor bancário já haviam feito ao novo governo", concluiu.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que também participou do evento, fez um apelo por redução imediata do juros no Brasil. A declaração foi feita, olhando diretamente para o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, que estava na plateia. 

"Nós precisamos reduzir a taxa de juros. É esse apelo que o senado faz ao banco central? Há um sentimento geral, hoje, de que nós precisamos encontrar os caminhos para a redução imediata da taxa de juros do brasil, sob pena de sacrificarmos todo esse trabalho que temos feito, ao longo do tempo, de estabelecer esse ambiente em busca de segurança para investimentos do Brasil", afirmou. 

Pacheco também defendeu a autonomia da instituição, mas disse que é preciso ter sensibilidade política.

"Nós compreendemos que, além da base empírica, de experiências anteriores, além da base técnica, há um componente de sensibilidade política. nós precisamos crescer a economia e não se cresce economia com taxa de 13,75%", ressaltou".

Sem citar o presidente  Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem protagonizado embate com o Banco Central, Pacheco disse que o país precisa avançar, "apesar das marolas e ruídos políticos", que tem prejudicado a redução dos juros. Roberto Campos Neto terá espaço para a réplica nesta sexta-feira (21.abril). 

Nessa 4ª feira (19.abril), em reunião com investidores no evento em Londres, o presidente do Banco Central elogiou as novas regras fiscais apresentadas pelo governo ao Congresso. Mas disse que isso não garante corte imediato de juros.

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