Em corrida ao Planalto, Doria defende governo liberal social
Político também ressaltou esforços para o crescimento econômico e a ampliação de políticas públicas
Um governo liberal social. Foi assim que o governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), definiu uma futura gestão nacional. Em evento direcionado a políticos e economistas, nesta 3ª feira (22.fev), o governador repudiou a polarização de dois mandatos extremistas e defendeu a implementação de uma gerência que abrace o crescimento econômico e, ao mesmo tempo, auxilie na diminuição da desigualdade social.
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"Se chegarmos em 2 de outubro com a polarização de dois extremistas, dois populistas, o risco do país, dos negócios, das famílias e do aumento da migração, será enorme. Não será com populismo de esquerda e, muito menos, de extrema direita que nós vamos conseguir solucionar isso [a pobreza]. Um governo tem que ser liberal e liberal social", afirmou o político.
Doria também chamou atenção para os avanços da gestão estadual e o desenvolvimento econômico de São Paulo mesmo em meio à pandemia de covid-19. Segundo ele, o estado teve crescimento cinco vezes maior do que o Brasil no ano passado, gerando cerca de 892 mil novos empregos. Além disso, o político reforçou o investimento de R$ 15 bilhões em programas sociais, incluindo a educação de tempo integral, que já contempla 1,122 milhão de crianças.
"Nesses seis anos, como prefeito e governador de São Paulo, eu consegui entender o que é a pobreza. Antes, quando eu estava do lado empresarial, eu conhecia a pobreza, mas eu não sabia a gravidade que era a pobreza no Brasil. Hoje, eu sei como é duro para quem não tem comida em casa, para quem não tem um teto para ficar ou para quem não tem um cobertor para se abrigar no frio", afirmou. "Posso dizer que continuo sendo um liberal, mas hoje sou um liberal social", frisou.
Apesar de não fornecer muitos detalhes, Doria informou que o plano administrativo para a economia brasileira ainda está em desenvolvimento, mas já tem como principais objetivos "não romper o teto de gastos, manter o controle do orçamento com o Poder Executivo e fazer as reformas que não foram feitas". "A alimentação aumentou, em média, 60%. As pessoas não estão tendo condição de sobreviver com 12% de inflação e isso é devido ao furo do teto de gastos lá trás", exemplificou o político.
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Em relação às uniões entre os grupos partidários, o governador defendeu a federação com o Cidadania. Segundo ele, o diálogo entre o PSDB, MDB e o União Brasil segue em "muito bom tom", uma vez que "os líderes dos três grupos estão tendo a grandeza de enxergar o Brasil e os brasileiros, o que pode fornecer, além de um maior crescimento econômico, a paz para o país".
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