Política
ACM Neto tem um aliado no Ministério da Cidadania, mas se diz contra
Presidente do DEM afirma ser "lamentável" que João Roma tenha aceitado o cargo
O presidente do DEM, ACM Neto, divulgou nota nesta 6ª feira (12.fev) dizendo-se contra a indicação do deputado João Roma (Republicanos-BA) para o Ministério da Cidadania, anunciada no mesmo dia. ACM diz que, ao aceitar o cargo, Roma "desconsidera a relação política e a amizade pessoal dos dois".
Na nota, o demista diz ainda que a nomeação reforçou a noção de que ele deve se manter distante do governo.
João Roma assume como ministro pouco depois de um racha entre ACM Neto e o correligionário Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara. Motivo: o posicionamento do DEM com relação ao governo federal.
Nos últimos meses de seu mandato como presidente da Casa, Maia colocou-se como oposicionista ao governo Bolsonaro e articulou a criação de um bloco para enfrentar o candidato preferencial do governo, Arthur Lira (PP-AL), na disputa pelo comando da Câmara. O candidato de Maia, Baleia Rossi (MDB-AP), no entanto, foi derrotado. Lira ganhou o pleito com 302 votos contra 145 de Baleia.
Nas vésperas da eleição, o DEM decidiu que não apoiaria oficialmente nenhum dos dois candidatos, em reunião com a presença de ACM Neto. Maia depois diria que ACM entregou o partido "numa bandeja ao Palácio do Planalto".
Ao publicar a nota, ACM tenta se desviar da acusação. A indicação de João Roma, ex-assessor do presidente do DEM, serviria como um indício de que ACM Neto tem um nome que o represente na Esplanada dos Ministérios. Dizendo que o Planalto tenta intimidá-lo ou calá-lo, o político baiano busca afastar-se da pecha de governista.
Maia disse que ACM Neto "mostrou o seu caráter" com a nomeação de Roma.
Leia abaixo, na íntegra:
"Nota Oficial
Considero lamentável a aceitação, pelo deputado João Roma, do convite do Palácio do Planalto para assumir o Ministério da Cidadania.
A decisão me surpreende porque desconsidera a relação política e a amizade pessoal que construímos ao longo de toda a vida.
Se a intenção do Palácio do Planalto é me intimidar, limitar a expressão das minhas opiniões ou reduzir as minhas críticas, serviu antes para reforçar a minha certeza de que me manter distante do governo federal é o caminho certo a ser trilhado, pelo bem do Brasil.
Antonio Carlos Magalhães Neto
Presidente Nacional do Democratas"
Na nota, o demista diz ainda que a nomeação reforçou a noção de que ele deve se manter distante do governo.
CONTEXTO
João Roma assume como ministro pouco depois de um racha entre ACM Neto e o correligionário Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara. Motivo: o posicionamento do DEM com relação ao governo federal.
Nos últimos meses de seu mandato como presidente da Casa, Maia colocou-se como oposicionista ao governo Bolsonaro e articulou a criação de um bloco para enfrentar o candidato preferencial do governo, Arthur Lira (PP-AL), na disputa pelo comando da Câmara. O candidato de Maia, Baleia Rossi (MDB-AP), no entanto, foi derrotado. Lira ganhou o pleito com 302 votos contra 145 de Baleia.
Nas vésperas da eleição, o DEM decidiu que não apoiaria oficialmente nenhum dos dois candidatos, em reunião com a presença de ACM Neto. Maia depois diria que ACM entregou o partido "numa bandeja ao Palácio do Planalto".
Ao publicar a nota, ACM tenta se desviar da acusação. A indicação de João Roma, ex-assessor do presidente do DEM, serviria como um indício de que ACM Neto tem um nome que o represente na Esplanada dos Ministérios. Dizendo que o Planalto tenta intimidá-lo ou calá-lo, o político baiano busca afastar-se da pecha de governista.
Maia disse que ACM Neto "mostrou o seu caráter" com a nomeação de Roma.
NOTA DE ACM NETO
Leia abaixo, na íntegra:
"Nota Oficial
Considero lamentável a aceitação, pelo deputado João Roma, do convite do Palácio do Planalto para assumir o Ministério da Cidadania.
A decisão me surpreende porque desconsidera a relação política e a amizade pessoal que construímos ao longo de toda a vida.
Se a intenção do Palácio do Planalto é me intimidar, limitar a expressão das minhas opiniões ou reduzir as minhas críticas, serviu antes para reforçar a minha certeza de que me manter distante do governo federal é o caminho certo a ser trilhado, pelo bem do Brasil.
Antonio Carlos Magalhães Neto
Presidente Nacional do Democratas"
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