Operação mira servidor da Prefeitura do Rio que extorquia donos de escolinhas na orla da Barra
Investigação começou há um ano, após denúncia da própria prefeitura; funcionário foi afastado do cargo
A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou, na manhã desta 4ª feira (13.set), uma operação para combater extorsões praticadas por funcionários da Prefeitura contra donos de escolinhas de toda orla da Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade.
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Policiais da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) e agentes da Secretaria de Ordem Pública cumpriram mandados de busca e apreensão na Barra da Tijuca e em Jacarepaguá, em endereços vinculados ao principal alvo da operação, o servidor Nelson Ribeiro do Nascimento.
De acordo com informações da polícia, o funcionário da Secretaria da Fazenda do município, lotado na Coordenadoria de Controle Urbano (CCU), cobrava uma taxa de escolinhas e professores que ministram aulas de diversas modalidades esportivas ao longo da orla.
Segundo informações da Draco, a investigação começou há um ano, após denúncia da própria prefeitura. Nelson exigia dos profissionais o percentual de 10% das mensalidades de todos os alunos para que a prática das atividades fossem autorizadas. Ele chegava a exigir inclusive a prestação de contas de lista de presença dos alunos, alegando que todo o espaço público da praia da Barra da Tijuca era de sua supervisão e responsabilidade.
A investigação continua em andamento e a Draco investiga se outros servidores estão envolvidos na prática ilícita, além de tentar identificar todas as vítimas das extorsões.
Os agentes também estiveram na sede da Prefeitura, na Cidade Nova, para buscar elementos que ajudem na investigação. Além dos mandados de busca, a juíza da 23ª Vara Criminal da Capital determinou o afastamento imediato do servidor das funções fiscalizatórias.
Até o momento, foram apreendidos telefones, documentos e eletrônicos na residência de Nelson. Ele foi conduzido à Draco para prestar depoimento.
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