Mulher é morta a tiros durante abordagem da PRF no Rio
Agentes dizem que vítima furou blitz, mas família nega; policial atirou pelo menos 10 vezes
A estudante de enfermagem Anne Caroline Nascimento Silva, de 23 anos, foi morta, após ser alvejada por dez tiros vindos de um agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no fim da noite do último sábado (17.jun), na Rodovia Washington Luís, em Duque de Caxias, região metropolitana do Rio de Janeiro.
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De acordo com a PRF, os agentes foram avisados sobre um carro que transitava em alta velocidade e realizava manobras bruscas na rodovia. Os policiais iniciaram uma perseguição e deram ordem de parada, mas segundo a PRF, o motorista só parou depois dos tiros disparados pela equipe.
O viúvo da vítima, Alexandre Melo, que conduzia o veículo durante a ação, contesta a versão da polícia. "Quando eu vi o giroflex dos policiais, eu liguei o pisca-alerta, reduzi a velocidade para poder ir ao acostamento. Em menos de 3 segundos, já começaram a atirar para cima do meu carro", disse Alexandre.
O policial responsável por efetuar os disparos foi preso e liberado após audiência de custódia.
Além da PRF, as Polícias Civil e Militar investigam o caso e apuram se Cláudia Maria da Silva dos Santos, de 54 anos, também foi atingida pelos disparos do agente da PRF. Ela passava pela rodovia com o marido, quando foi baleada no tórax. Seu estado de saúde é grave.
Em visita ao Rio de Janeiro para anunciar um acordo de cooperação com a PRF, o Ministro da Justiça, Flávio Dino, comentou o caso: "É claro que nós somos absolutamente contra o uso imoderado da força. Há uma narrativa inicial sobre fuga, desobedecer ordens policiais. Tudo isso vai ser apurado."
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