Polícia encara morte do marido de cônsul alemão como homicídio
Versão apresentada pelo diplomata é considerada mentirosa pelos investigadores
A Justiça do Rio de Janeiro decretou neste domingo (7.ago) a prisão preventiva do cônsul alemão Uwe Herbert Hahn, suspeito pela morte de seu marido Walter Henri Maximilien Biot, belga, de 52 anos.
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Também neste domingo, o diplomata foi transferido da delegacia do Leblon, onde passou a noite preso e foi levado para a cadeia pública José Frederico Marques, no bairro de Benfica, zona norte do Rio de Janeiro.
Em seu depoimento para a polícia, o diplomata disse que o cônjuge teve um mal súbito e acabou se ferindo na cobertura do apartamento do casal, em Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro.
Para a polícia, houve um homicídio no local, e a versão do alemão é mentirosa, por causa dos vários ferimentos encontrados no corpo da vítima, como lesões na cabeça, nas nádegas e em outras partes.
O diplomata afirmou ainda que seu companheiro bebia muito e se medicava para dormir. Eles estavam juntos há mais 20 anos. O porteiro do prédio disse que eles formavam um casal tranquilo, e que Walter de fato bebia muito.
Em nota, a Polícia Civil informou que foi instaurado um inquérito para apurar as circunstâncias da morte do belga. Os agentes estão ouvindo testemunhas e realizando outras diligências para esclarecer o caso.
A causa da morte, segundo o IML, foi traumatismo craniano. O belga apresentava pelo menos 30 lesões pelo corpo, inclusive na região anal. A perícia mostrou que o Walter foi alvo de uma morte violenta. Um bastão foi apreendido e pode ter sido usado para cometer o crime.
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