Polícia faz reconstituição do acidente que causou morte de menina no Carnaval
Criança acompanhava dispersão de escola de samba quando subiu em um dos carros alegóricos
A Polícia Civil do Rio de Janeiro faz, na noite deste domingo (22.mai), a reconstituição do acidente com carro alegórico, no entorno da Marquês de Sapucaí, que provocou a morte de Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, em abril deste ano.
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A menina acompanhava a dispersão da escola de samba Em Cima da Hora, no dia 20 de abril, quando se soltou da mãe e subiu em um dos carros alegóricos. Em seguida, houve o acidente, no qual ela foi imprensada pelo veículo em um poste da Rua Frei Caneca.
A criança foi levada ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro da capital fluminense. No local, foi submetida a uma cirurgia de mais de cinco horas. No procedimento, chegou a ter uma parada cardiorrespiratório e teve uma das penas amputadas. Depois, passou a respirar por aparelhos. Raquel veio a falecer no dia 22 de abril.
O sepultamento ocorreu na data seguinte, sob forte comoção. Parentes e amigos protestaram na porta do cemitério. Grávida de três meses, a mãe de Raquel precisou ser amparada até a capela onde acontecia o velório. Na cerimônia, ela desmaiou e foi atendida por uma equipe do Samu. "Cadê a fiscalização para não deixar a criança subir no carro? Onde estava a fiscalização? Se tivesse, a criança não teria subido [no carro alegórico]", questionou a pastora Aline da Mota Oliveira, amiga da família da vítima.
Até 25 de abril, a polícia do Rio ouviu sete testemunhas do acidente. A mãe e a madrinha de Raquel prestaram depoimento naquele dia, por quase três horas. O diretor de carnaval da Em Cima da Hora, Flávio Azevedo, também era aguardado pelos investigadores, mas apenas o advogado da agremiação, Douglas Almeida, foi até a delegacia. "Estamos aguardando a conclusão da perícia, fornecimento das imagens, para poder averiguar o que aconteceu de fato no local do acidente", afirmou Douglas Almeida, naquela data.
De acordo com a delegada responsável pela investigação, imagens de câmeras de segurança mostram que outras crianças, além de Raquel, estavam sobre o carro alegórico na dispersão. Com isso, o vídeo revela um cenário totalmente diferente do narrado pelo motorista da alegoria, que alegou não ter visto ninguém em cima da estrutura.
"Vamos examinar com mais afinco as imagens e contrastar com os depoimentos do motorista e dos guias, para que possamos fazer um juízo de culpa com mais segurança", declarou a delegada no último dia 25.
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