Mulheres acusam cabeleireiro Bruno Dantte de estupro e assédio
Ex-funcionária do especialista em cabelos cacheados alega ter sofrido assédio moral
A polícia do Rio vê indícios de crime sexual nos relatos de três mulheres que acusam o cabeleireiro Bruno Dantte de estupro e assédio. A atuação do especialista em cabelos cacheados, com 300 mil seguidores nas redes sociais, virou caso de polícia depois que 12 mulheres, entre clientes, alunas e ex-funcionárias, foram a duas advogadas e disseram ter sido vítimas do profissional.
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"Todas elas tinham uma admiração por ele. Então, de alguma forma, elas tinham um grau de vulnerabilidade, um grau de subordinação a ele", disse a advogada Débora Nachmanowicz. A notícia-crime foi apresentada na delegacia com vídeos dos depoimentos das supostas vítimas. A polícia já analisou as gravações e encontrou indícios dos crimes de estupro, assédio sexual e importunação sexual em pelo menos três casos. As mulheres serão chamadas para depor.
Uma delas falou com o SBT Brasil por telefone: "quando a gente entrou no elevador, ele já veio para cima de mim pra me beijar. Botou a mão nas minhas partes. Eu falei: 'peraí, o que é isso? como assim?'. Ele: 'não... vamos! a gente não se vê há muito tempo'". Posteriormente, ela teria falado para Bruno Dantte parar e o afastou.
Já a ex-funcionária Ana Pazian alega ter sofrido assédio moral. "É uma pessoa que tem visibilidade. É famosa e reconhecida no nosso ramo e ninguém tinha acesso àquelas informações. Então, provavelmente, ele nunca iria pagar por aquilo", pontuou. Em nota, os advogados de Bruno disseram que ele nega a prática de qualquer crime. Mas não foi isso o que falou em agosto, quando surgiu a primeira denúncia. Naquela época, pelas redes sociais, falou: "tô gravando esse vídeo pra pedir desculpas a todas as mulheres que eu coloquei numa situação de constrangimento durante o atendimento meu". Além disso, admitiu ter agido de forma "inconveniente". Ele também será intimado a prestar depoimento.
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