Leite vê "sensibilidade" do ministro da Fazenda com dívida do estado com a União
Governador gaúcho compara "serenidade" da administração petista aos ataques do governo Bolsonaro
Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, ficou esperançoso com a conversa que teve com o ministro da Fazenda, na última terça-feira, 29 de agosto, em Brasília. Leite e Fernando Haddad discutiram uma alternativa ao Regime de Recuperação Fiscal, relacionado à dívida dos estados com a União. Leite disse que foi bem recebido pelo ministro e que a equipe da Fazenda está sensibilizada com a situação do Rio Grande do Sul.
"A gente acredita que ao longo das próximas semanas deve ser encaminhado algum tipo de solução", explicou o governador à apresentadora do SBT Agro, Raissa Lomonte. Nesta 5ª feira (31.ago), Leite visitou o estúdio do SBT na Expointer, feira de agronegócio que acontece em Esteio (RS) até domingo.
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O governador pede flexibilização na meta de superávit primário, em função da queda de receita provocada desde o ano passado com a redução das alíquotas de ICMS nos estados. O governo gaúcho alega que, com menos arrecadação, não consegue comprovar à União, credora da dívida, que está gastando menos para gerar superávit maior, regra do regime de recuperação. A dívida passa dos R$ 82 bilhões.
Ao comentar a aproximação com o Governo Federal, Leite deixou claro que tem diferenças de visão sobre a economia, a organização da máquina pública e as privatizações em relação ao PT e ao presidente Lula, mas que não torce contra para "tentar inviabilizar o governo".
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"Um ponto preciso destacar: a disposição para o diálogo, a não agressão aos entes subnacionais. Antes, a gente vivia, sob (o governo) Bolsonaro, com constantes ataques a grupos da sociedade, à imprensa, aos governadores. Era uma agressão constante a tudo que se apresentasse diferente dele. Então, no mínimo, agora, a gente tem um ambiente com um pouco mais de respeito e serenidade dos ânimos", ponderou.
Veja a entrevista completa do governador a Raissa Lomonte, do SBT Agro:
