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Maduro e presidente da Guiana devem se reunir na 5ª feira (14)

Líderes irão discutir a atual disputa pela província de Essequibo, uma área rica em mineiras que compõem 74% do território guianês e reivindicada pela Venezuela

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o presidente da Guiana, Irfaan Ali, devem se reunir na próxima 5ª feira (14.dez) para debater a disputa sobre Essequibo, uma área rica em minerais que compõem 74% do território guianês e reivindicada pela Venezuela desde 1841.

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O encontro acontecerá em São Vicente e Granadinas, país do Caribe, e foi sugerida por líderes da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), um bloco regional intergovernamental composto por 33 países. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi convidado a atuar como observador na reunião, assim como a Comunidade do Caribe (CARICOM) e um subsecretário-geral das Nações Unidas (ONU). 

"O presidente Ali foi abordado hoje pelo primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas para se reunir com o presidente Maduro na quinta-feira em São Vicente e Granadinas, em reunião a ser observada pelo Brasil, pela CARICOM e por um subsecretário-geral da ONU. Desde então, o Presidente Ali concordou em realizar esta reunião", afirma o comunicado do governo guianês divulgado na noite de sábado (9.dez). 

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A província de Essequibo, uma área rica em minerais que compõem 74% do território guianês, é reivindicada pela Venezuela desde 1841. Na semana passada, o governo de Nicolás Maduro apresentou um projeto de lei para anexar a região e criar um novo estado venezuelano. A decisão foi tomada após 95% votarem a favor do plano.

A ação foi criticada pela Guiana, sobretudo por Maduro ter apresentado um novo mapa da Venezuela, incluindo a região de Essequibo. O país acionou o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e reforçou a proteção na fronteira, além de pedir o auxílio de nações aliadas, como Brasil e Estados Unidos.

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Na 5ª feira (7.dez), os Estados Unidos anunciaram operações militares aéreas na Guiana. As manobras foram feitas em parceria com a Força de Defesa da Guiana (GDF) e representam "reforço na parceria de segurança entre Estados Unidos e Guiana e na cooperação regional" entre os dois países, disse Washington, em comunicado.

Segundo o presidente da Guiana Irfaan Ali, a fronteira terrestre da Guiana não está em discussão, uma vez que a questão está atualmente perante o Tribunal Penal Internacional (TPI) e, quando adjudicada, será "totalmente respeitada pela Guiana".

"A Guiana sempre esteve comprometida com a paz e a segurança internacionais e com a promoção de boas relações de vizinhança. Além disso, a Guiana não se desviará e aderirá estritamente ao processo do Tribunal Penal Internacional (TPI) na resolução da controvérsia fronteiriça e na garantia de que a região continue a ser uma Zona de Paz", conclui o comunicado. 

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