Número de mortos em Gaza por ataques israelenses passa de 11 mil
Ao menos quatro hospitais do enclave palestino foram alvos de ataque nas últimas 24 horas, incluindo o Al-Shifa, onde 70 mil pessoas estão refugiadas
Com 260 novas vítimas somente nas últimas 24 horas, o número de pessoas mortas por Israel na Faixa de Gaza passou de 11 mil, informou o Ministério da Saúde do enclave palestino nesta 6ª feira (10.nov).
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De acordo com o balanço, são 11.078 vítimas, incluindo 4.506 crianças e 3.027 mulheres, além de 27,5 mil feridos desde o início da guerra. O conflito, que entrou em seu 35º dia, teve início em 7 de outubro após o ataque sem precedentes do grupo militante Hamas contra Israel, que deixou 1,4 mil mortos.
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Desde então, o enclave palestino, moradia de mais de 2,3 milhões de pessoas, é alvo de intensos bombardeios, causando uma crise humanitária, que é agravada pela escassez de água potável, alimento e insumos médicos. Segundo a ONU, desde 21 outubro, data em que Israel aceitou a retomada parcial da entrada de ajuda humanitária no território, que estava sob bloqueio total, 756 caminhões foram permitidos em Gaza.
Antes do início das hostilidades, uma média de 500 caminhões entravam diariamente em Gaza. A situação é ainda pior no norte, que virou "inferno na Terra", segundo porta-voz do braço humanitário (Ocha, na sigla em inglês) da Organização das Nações Unidas (ONU).
"Se há um inferno na Terra hoje, o nome é norte de Gaza", declarou Jens Laerke. "É uma vida de medo durante o dia e de escuridão à noite. E o que você diz às suas crianças nesta situação, quase inimaginável, em que o fogo que eles veem no céu tem como objetivo matá-los?", completou.
Ainda conforme Laerke, a ajuda humanitária que entra diariamente em Gaza não tem alcançado o norte do território, causando o êxodo de mais de 70 mil pessoas -- a maioria a pé -- para o sul, onde Israel diz ser seguro, mas que também tem registrado bombardeios e mortes diárias. O número de deslocados pelo conflito é de 1,6 milhão.