Presidente de Portugal dissolve Parlamento e convoca eleições antecipadas
Decisão acontece após a renúncia do primeiro-ministro, envolvido em escândalo de corrupção
O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou a dissolução do Parlamento e convocou eleições legislativas antecipadas. A decisão acontece depois da renúncia do primeiro-ministro Antonio Costa na última 3ª feira (7.nov), após ser envolvido em um escândalo de corrupção.
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Antes de tomar a decisão, o presidente português se reuniu com o Conselho de Estado, e ficou decidido que os portugueses irão às urnas em 10 de março, após a aprovação do Orçamento do Estado -- que será votado em 29 de novembro.
Atualmente, o partido do ex-premiê, o Partido Socialista, tem a maioria absoluta na Assembleia da República -- com 120 das 230 cadeiras. E mesmo que a lei do país não obrigue a realização de novas eleições, Rebelo justificou a decisão, afirmando querer garantir a "estabilidade econômica e social" de Portugal.
O presidente também afirmou que quer dar uma "maior clareza e vigoroso rumo" ao país, "devolvendo a palavra ao povo sem dramatizações e sem temores", através das eleições.
O partido da oposição, o PSD (Partido Social-Democrata), de centro-direita, apoiou a decisão, assim como outras siglas no país. O Partido Socialista pedia pela nomeação direta de outro membro da bancada para o cargo.