Com esgotos expostos, OMS alerta para tendência preocupante de doenças em Gaza
Superlotação e falta de medicamentos impedem que hospitais auxiliam na contenção de infecções
A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um comunicado, na noite de 4ª feira (8.nov), alertando para tendências preocupantes da disseminação de doenças na Faixa de Gaza. Segundo a entidade, além da falta de insumos e energia em hospitais, os bombardeios israelenses fizeram com que os esgotos transbordassem para as ruas.
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"À medida que as mortes e ferimentos em Gaza continuam a aumentar devido à intensificação das hostilidades, a intensa superlotação e a interrupção dos sistemas de saúde, água e saneamento representam um perigo adicional: a rápida propagação de doenças infecciosas. Algumas tendências preocupantes já estão surgindo", disse a OMS.
Apesar de Gaza ter sido autorizada a receber ajuda humanitária pela fronteira com o Egito, os caminhões continuam proibidos por Israel de levar combustível à região. O desabastecimento do líquido, utilizado para geradores de energia, fez com que muitas usinas de dessalinização fechassem, aumentando o risco da disseminação de infecções bacterianas, como a diarreia.
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A falta de combustível também atrapalhou a coleta de resíduos sólidos nas ruas, criando um ambiente propício à proliferação rápida e generalizada de insetos e roedores, que podem transmitir doenças. Com a falta de medicamentos para conter as doenças, a OMS alertou que é "quase impossível" que as unidades de saúde mantenham medidas básicas de prevenção de infecções.