Guerra contra o Hamas "entrou em nova etapa", diz ministro da Defesa de Israel
Declaração marca aceleração dos preparativos para o início oficial da ofensiva terrestre em Gaza
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou, neste sábado (28.out), que a guerra contra o grupo plaestino Hamas "entrou em uma nova fase". Em publicação nas redes sociais, o político ressaltou que o exército fez "a terra tremer" na Faixa de Gaza na noite anterior, com mais de 150 bombardeios, inclusive, no subsolo da região.
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"Entramos em uma nova fase da guerra. Na noite passada, a terra tremeu em Gaza. Atacamos acima do solo e no subsolo. As instruções para as forças são claras. A operação continuará até novo aviso", disse Gallant.
A declaração marca a aceleração dos preparativos para o início oficial da ofensiva terrestre em Gaza. Na última 5ª feira (26.out), o exército israelense chegou a fazer uma operação por terra na região, mas apenas para atacar posições do Hamas. Após o término das ações, as tropas se retiraram do local. Para os próximos dias, é esperado um ataque contínuo.
A operação em Gaza visa uma ocupação planejada, que deve acontecer em três fases. A primeira, já em andamento, refere-se aos ataques aéreos e ao início da ofensiva terrestre. Em seguida, os militares deverão combater os grupos de resistência em Gaza para destruir o Hamas. Posteriormente, as tropas deverão se retirar e criar um novo regime de segurança para Israel.
Espera-se que a ofensiva por terra comece no norte de Gaza. Mais cedo, um porta-voz das Forças de Defesa de Israel pediu que todos os palestinos que continuam na região sigam para o sul imediatamente para a "própria segurança". Ele salientou que o exército está pedindo isso há duas semanas, inclusive por meio de ligações e panfletos de papel.
"Atenção cidadãos de Gaza. Para a sua própria segurança, pedimos que todos os residentes do norte da Faixa de Gaza e da Cidade de Gaza se dirijam para o sul imediatamente. Isso é uma medida temporária. O retorno para os locais será possível assim que as hostilidades acabarem", disse o porta-voz israelense.
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Caso se concretize, a operação por terra deve intensificar ainda mais a crise humanitária em Gaza, uma vez que os constantes ataques aéreos e o desabastecimento de itens básicos já resultaram na morte de mais de 7 mil palestinos. O número de feridos, por sua vez, chega a quase 20 mil, sobrecarregando o sistema de saúde que já é escasso.