OMS reitera apelo de cessar-fogo após Gaza vivenciar "noite de terror"
Região está sem energia e continua sendo atingida por bombardeios aéreos israelenses
A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um comunicado, neste sábado (28.out), reiterando o apelo por um cessar-fogo no conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas. No texto, a entidade afirma que civis, pacientes e profissionais da saúde na Faixa de Gaza passaram a última noite na escuridão devido ao corte de energia, dificultando as operações humanitárias. Intensos bombardeios israelenses também foram registrados.
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"A OMS reitera seus apelos por um cessar-fogo humanitário imediato e lembra a todas as partes em conflito que tomem todas as precauções para proteger civis e infraestrutura civil. Isso inclui profissionais de saúde, pacientes, unidades de saúde e ambulâncias, e civis que estão abrigados nessas instalações. Devem ser tomadas medidas ativas para garantir que os serviços não sejam prejudicados", disse a OMS.
Na declaração, a entidade comentou ainda sobre a ordem de evacuação feita pelo exército de Israel. Os militares exigiram que os palestinos do norte de Gaza deixem a região em direção ao sul, uma vez que as tropas estão se preparando para o início da ofensiva terrestre. A ordem foi refutada pela OMS, que chamou a atenção para o alto número de feridos (quase 20 mil) e para o risco de deslocar pacientes em meio à guerra.
"É impossível evacuar pacientes sem colocar em risco suas vidas. Os hospitais em Gaza já estão operando na capacidade máxima devido aos ferimentos sofridos em semanas de bombardeios implacáveis e são incapazes de absorver um aumento dramático no número de pacientes, enquanto abrigam milhares de civis. Os necrotérios estão cheios. Mais da metade dos mortos são mulheres e crianças", escreveu.
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A OMS terminou o comunicado fazendo um apelo "à humanidade de todos aqueles que têm o poder de acabar com os combates". A organização fez referência à resolução aprovada na noite de 6ª feira (27.out) pela Assembleia Geral das Nações Unidas, que pede uma trégua humanitária no conflito, bem como a libertação imediata e incondicional de todos os civis mantidos em cativeiro pelo grupo Hamas.